A Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) é um modelo de tratamento penal no Paraná, além dos bons níveis de segurança. A unidade possui mais de 60% de presos estudando e 48% em algum tipo de trabalho. As ações têm apoio do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), mas também da comunidade e do empresariado local, o que tem possibilitado a abertura de vários setores de trabalho na unidade.
A penitenciária possui mais de 200 pessoas privadas de liberdade trabalhando, das quais 195 em atividades de serviços gerais de limpeza e conservação, e outros serviços como lavanderia, rouparia, eletrônica, horta e manutenção predial.
Outros 20 apenados trabalham nas fábricas de uniformes para presos, atendendo a demanda das unidades penais da regional, e 15 atuam na elaboração de materiais pedagógicos para cegos, que são utilizados em todo o Brasil e em países de língua portuguesa, com a produção de livros em braile e livros falados gravados em estúdio na própria penitenciária. Outros ainda produzem próteses dentárias.
Para o coordenador da regional de Maringá e Cruzeiro do Oeste do Departamento, Luciano Brito, o principal benefício é a redução da reincidência de crimes. “Os presos que trabalham se profissionalizam e aprendem valores, como disciplina, o que contribui para a ressocialização. Ter uma ocupação produtiva durante o cumprimento da pena é fundamental para a reinserção social dos presos”, esclarece.
As unidades da regional de Maringá e Cruzeiro do Oeste têm sido desafiadas a criar projetos que busquem a reinserção social, a ressocialização, a custódia segura e o tratamento penal de qualidade. “A PEM tem se tornado não só uma referência estadual, mas também nacional, quando falamos de projetos de trabalho e estudo. Essas ações resultam em dados estatísticos que são muito favoráveis. As assistências e profissionalização vão resultar em menores índices de criminalidade”, avalia.