O Botafogo fez uma partida gigante, digna da estrela solitária de Garrincha e conquistou a primeira Libertadores da América de sua história batendo o Athletico Mineiro por 3 a 1 na tarde deste sábado no Monumental de Núñes na Argentina. E quem está sabendo do placar só agora pode imaginar que tenha sido fácil, mas na verdade foi muito difícil, porque o Fogão teve um jogador expulso com apenas 29 segundos de bola rolando. Gregore disputa bola com Fausto Vera; ele ergue o pé e o Vera baixa um pouco a cabeça; a combinação termina com um corte na cabeça do jogador mineiro que leva o árbitro argentino Facundo Tello a mostrar o cartão vermelho que mudou completamente a tática do Botafogo para o restante da partida.
A partir daí os mineiros ficaram com a bola quase que todo o primeiro-tempo. O técnico Arthur Jorge não mexe no time e encara a situação esperando os espaços para contra-ataques que o Atlético fatalmente deixaria ao se lançar todo ao ataque. A tática funciona porque o Botafogo aguenta a pressão com o goleiro John fazendo boas defesas nos chutes de longe de Hulk. Aos 34 minutos vem a chance que o Botafogo tanto queria; Almada faz grande jogada pela esquerda; ele acha Luiz Henrique que toca para Marlon Freitas; ele chuta forte; a bola bate em Júnior Alonso, espirra e cai nos pés do número 7 Luiz Henrique que fuzila o goleiro Everson e faz 1 a 0.
O Atlético se assusta com a situação e vai para cima do Botafogo para tentar o empate, mas comete um erro de defesa; zagueiro e goleiro batem cabeça e Luiz Henrique chega antes na bola que está no limite da grande área. O goleiro Everson derruba o atacante carioca; o árbitro vai ver o lance no VAR e marca pênalti. Alex Telles bate e faz 2 a 0.
No segundo-tempo o Atlético mexe no time e volta melhor. Logo no primeiro-minuto Hulk cobra escanteio e encontra Vargas que faz de cabeça. 2 a 1 e sufoco para o Botafogo que segue com um jogador a menos.
A pressão é grande. Vargas tem duas chances claras de gol, mas desperdiça. A punição ao Botafogo vem no sétimo e último minuto dos acréscimos; Júnior Santos retém a bola no ataque próximo ao pau da bandeira. Parece que ele só quer matar tempo, mas de repente inventa um drible, passa por dois zagueiros, invade a área, cruza para Matheus Martins; um zagueiro corta e a bola sobra para ele que a essa altura está sozinho com a bola e as redes. O número 11 faz 3 a 1. Festa gigante na Argentina. O árbitro encerra a partida e o Botafogo alonga a lista de títulos consecutivos dos cariocas. Nos últimos três anos só deu eles. Flamengo em 2022, Fluminense em 2023 e agora chegou a vez do Botafogo. O Brasil também segue melhorando no ranking. Venceu as últimas seis Libertadores e agora com 24 títulos só tem um a menos que a Argentina.