Em mais de 18 meses de Covid-19, com os serviços de saúde focados no combate às várias variantes do coronavírus, uma outra pandemia continua a evoluir e nem sempre silenciosa. Como em muitos outros países, na República Democrática do Congo, quem vive com o vírus da SIDA queixa-se de não ter acesso a cuidados adequados.
Jean Louis Toye Kopema e a mulher, Odette, são ambos seropositivos e sentem-se esquecidos.
“Antes, costumávamos receber refeições. Isso não existe agora; É coisa do passado. Os cuidados médicos, o financiamento no sector do VIH… tudo isso já não existe,” desabafa Jean Louis Toye Kopema.
As restrições à circulação decididas para travar a Covid-19 tiveram um impacto grave no diagnóstico de VIH em todo o mundo. É uma infomação da ONU, confirmada no terreno.
Munsana Gashinge, coordenador regional do programa nacional do VIH/SIDA na República Democrática do Congo, reconhece que “em termos de abastecimento, o país depende muito do exterior” e lamenta que “com a chegada da COVID e do Ébola, o financiamento secou”.
No dia Mundial da SIDA, por todo o mundo multiplica-se o apelo para que a nova pandemia não volte a deixar a propagação do VIH sem controlo.
Euro News