Começou, esta sexta-feira, na Austrália uma semana de greve mundial pelo clima. Estão planeados mais de 1700 eventos em todo o globo, até ao dia 27 de setembro.
Em algumas cidades estão previstas marchas em outras, os ativistas vão acampar nos principais locais das urbes, até à próxima sexta-feira.
Esta greve mundial foi precedida por várias ações contra as alterações climáticas, por toda a Europa.
Na quinta-feira, os jovens da organização Climate Strike Action entraram no Parlamento suíço e ostentaram uma faixa que dizia: “É a contagem decrescente final – faltam 16 meses”.
Na capital do Reino Unido, milhares de ativistas promoveram um funeral em frente à Semana de Moda de Londres. A cidade será um dos epicentros desta greve mundial pelo clima.
“Vamos fazer uma marcha fúnebre, que começa em Trafalgar Square e termina no principal local da Semana da Moda de Londres, 180 The Strand. A razão é que estamos diante de uma emergência absoluta e todos nós precisamos de ter espaço para chorar coletivamente. Vamos chorar pelo planeta, pela natureza, pelos animais e pelas pessoas que sofreram, que continuarão a sofrer, e pelas vidas que serão perdidas devido a esta crise”, afirma a ativista Sara Arnold.
Na Alemanha, onde Angela Merkel anunciou recentemente um novo plano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e tornar a economia mais verde, os ativistas bloquearam, no último fim de semana, o Salão Automóvel de Frankfurt.
Um protesto muito significativo num país que se orgulha da sua indústria automobilística.
A ativista Hannah Fiederer defende que “temos de nos afastar dos transportes individuais para os transportes públicos. Temos de nos afastar rapidamente, para o bem público.”
“Vivemos nos arredores da cidade e funciona muito bem chegar à cidade sem carro, mesmo a 10 quilómetros de distância. A viagem de ida e volta funciona. É tudo uma questão de reajustamento, mas traz diversão, custa muito menos. E mantém-nos em forma”, diz o ativista Stefan Henssler.
Esta greve mundial pelo clima foi inspirada pela jovem ativista sueca Greta Thunberg e ocorre a poucos dias da Cimeira de Ação Climática das Nações Unidas, marcada para a próxima segunda-feira em Nova Iorque.