Uma Comissão formada por cinco vereadores vai conferir se o Consórcio Luz, vencedor da Parceria Púbico Privado na gestão da iluminação pública da cidade de Maringá está respeitando o contrato com a Prefeitura. A Comissão Parlamentar de Estudos tem como presidente o vereador Flávio Mantovani (PSD); Sidnei Telles (Podemos) será relator do texto. O requerimento foi aprovado na sessão ordinária desta quinta-feira, 3.
O vereador Sidnei Telles disse em vídeo enviado à redação, “que a Comissão vai analisar exatamente porque o contrato não está sendo cumprido, em qual parte não está sendo cumprido, e enfim enviará um documento ao Executivo indicando quais medidas o município pode e deve tomar”.
Formado pelas empresas Enel X Brasil e Selt Engenharia Ltda, o Consórcio Luz arrematou a concessão em outubro de 2023 pelo valor de R$ 821.791,92 por mês pelos próximos 13 anos. O contrato firmado após Leilão na Bolsa de São Paulo, prevê que o Consórcio Luz tem que trocar 55 mil lâmpadas de led na cidade no prazo de 2 anos. O contrato começou a vigor em 29 de abril de 2024 e menos de 12 meses depois da terceirização começam a pipocar as reclamações. Os usuários reclamam que não conseguem ser atendidos pelo Call Center 24h – 0800 410 0029 que a empresa colocou à disposição. Há muitas reclamações sobre lâmpadas queimadas e com o início da nova administração, a situação não está agradando nem mesmo o prefeito eleito Silvio Barros (PP) que já chegou a falar em rever o contrato.
OFATOMARINGA.COM entrou em contato com o Call Center 24h do Consórcio Luz e uma atendente respondeu ao chamado em 40 segundos.
Além de Telles e Mantovani, fazem parte também da Comissão os vereadores Guilherme Machado (PL), William Gentil (PP) e Luiz Neto (Agir). Da formação que faz parte da atual Comissão de Estudos, à época da aprovação do projeto na Câmara, somente Flávio Mantovani e Sidnei Telles eram vereadores; ambos votaram à favor. O vereador Sidnei Telles defendeu a aprovação da criação da parceria porque segundo ele, em quase todos os lugares onde foi implantada funcionou bem, mas agora ele mesmo pergunta: “Por que em Maringá não tem acontecido isso?”.