foto: ASCOM/ENIO VERRI
Em atendimento a um requerimento do deputado Enio Verri (PT-PR), a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta quarta-feira (29) para debater o crescimento acelerado da inflação no contexto da pandemia e suas implicações.
Mais uma vez o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a inflação, registrou crescimento de 1,14% em setembro, segundo o IBGE. A taxa é a maior para este período desde 1994. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação já soma 10,05%.
Essa alta se deve, principalmente, ao aumento de preços dos alimentos, dos combustíveis e da energia elétrica. Só a gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses. Ainda, pela alta da conta de luz, que ficou em média 3,61% mais cara. Desde 1º de setembro, está valendo a bandeira tarifária de escassez hídrica, que custa R$ 14,20 para 100 kWh.
O deputado federal Enio Verri (PT-PR) destaca que não há como conciliar inflação com o cenário de desemprego e crescimento da pobreza no Brasil e por isso apresentou o pedido para realização da audiência pública. “Infelizmente, os dados da economia estão muito ligados à política adotada pela equipe econômica do Governo. Além disso, a aceleração da inflação gera implicações significativas na economia, seja sobre a atividade econômica, as finanças públicas, as empresas e as famílias, seja de ordem distributiva, na medida em que os extratos menos favorecidos da população são os mais afetados”, disse o parlamentar.
Segundo o requerimento do deputado paranaense, são inúmeras as razões que levam ao processo inflacionário, e que as diferentes correntes de pensamento econômico têm interpretações distintas do processo em curso, bem como as soluções propostas.
“Queremos debater o tema que é de vital importância para a Economia, principalmente, nesse momento. Nosso objetivo é trazer múltiplas visões sobre o problema”, pontuou Enio Verri.
Foram convidados o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida; a supervisora da Área de Preços do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Costa; o diretor de Política Econômica do Banco Central do Brasil, Fabio Kanczuk; e o professor da Unicamp Guilherme Melo.