A Holanda só precisou de nove minutos para confirmar o amplo favoritismo sobre os Estados Unidos e para demonstrar que a zebra só acontece quando o time de maior categoria consente e concede. Na jogada do primeiro gol os holandeses partiram da defesa e entre dribles, conduções e toques de primeira, tocaram 46 vezes na bola até o chute fatal de Memphies que recebeu um cruzamento açucarado de Dumfries.
Dumfries foi se tornando o nome do jogo quando mais uma vez aos 45 da primeira etapa foi à linha de fundo, cruzou e encontrou Blind livre na marca do pênalti para afundar as redes americanas.
A vantagem que o Carrossel levou para os vestiários deu tranquilidade à Laranja que passou jogar nos contra-ataques, sobretudo porque os yankes foram para o tudo ou nada, subiram suas linhas deixando a meta defendida por Turner desprotegida.
Mesmo correndo muitos riscos a estratégia americana funcionou e aos 30 minutos Wright recebeu cruzamento de Pulisic que como Dumfries foi à linha de fundo colocando o companheiro livre na marca do pênalti para descontar e reabrir a partida.
O gol americano foi muito semelhante ao segundo gol da Holanda, mostrando que a moda dos pontas está voltando porque dá resultados.
Empolgados e precisando do gol de empate, os estadunidenses prosseguiram com a estratégia suicida de se mandar para o ataque.
A loucura americana foi punida em 5 minutos;aos 35 Blind que tinha sido brindado por Dumfries retribui com cruzamento da esquerda que encontra o craque do jogo livre no segundo pau; Dumfries empurra para dentro e conquista o status de Man of the Match com um gol e duas assistências.
O gol holandes matou o jogo e espantou a zebra que volta para casa voando em primeira classe.
Para a Holanda se anuncia quase que certamente um confronto com a Argentina, que mesmo sem Di Maria não deve dar chance para o azar como fez na estreia com os sauditas. Mas essa, é só um impressão, já que essa Copa mostrou que não há certezas quando a bola rola sob o escaldante sol do Catar.