Copel lídera número de reclamações

Mais de 3 milhões de reclamações por falta de energia foram registradas no último ano. O deputado estadual Requião Filho foi contrário à venda da empresa de energia paranaense, em 2023.

Foto: Copel

A Copel é a empresa brasileira de energia com mais reclamações registradas na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com mais de 3 milhões de reclamações feitas entre setembro de 2023 e agosto de 2024, a empresa paranaense lidera o ranking de insatisfações por falta de energia no Brasil.

Os dados foram revelados pelo Jornal da Globo, na terça-feira (15). Com um apagão em São Paulo que deixou 2,1 milhões de imóveis sem energia nos últimos dias, a discussão sobre a venda de empresas que prestam serviços públicos no país voltou a crescer.

REQUIAO FILHO - COPEL

No Paraná, o deputado estadual Requião Filho é um crítico da privatização de empresas públicas do Estado e foi contra a venda da Copel, em 2023. De acordo com o parlamentar, o nível de insatisfação com a empresa de energia infelizmente não surpreende.

“Nós passamos anos denunciando os problemas de se privatizar um serviço tão essencial para a população. É só questão de tempo acontecer por aqui o que estamos assistindo acontecer em São Paulo. O lucro não deveria estar acima de tudo, especialmente quando estamos falando da vida das pessoas”, critica Requião Filho.

Segundo o deputado, em março deste ano, um alto nível de insatisfação com o fornecimento de energia da Copel foi revelado também pelo setor agropecuário do Paraná. Em uma pesquisa com produtores rurais, a Federação de Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) descobriu que 60,5% dos entrevistados estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos com o fornecimento de energia.

A falta constante de energia elétrica é o principal motivo de descontentamento apontado na pesquisa. Além disso, a demora na resolução de problemas e a oscilação da rede também são alvos de críticas dos produtores rurais.

“A promessa de modernização é sempre uma desculpa quando o governo do Paraná quer entregar empresas públicas lucrativas para o setor privado. Mas a realidade é que a modernização não acontece, os investimentos prometidos não chegam e o lucro vai para o bolso de poucos. Isso tudo sem falar nos milhares de trabalhadores demitidos. O Paraná caminha rumo à escuridão”, finaliza Requião Filho.