A ironia do destino quis que o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro recebesse o resultado positivo para COVID-19, um dia após o alargamento do veto à lei que obriga o uso de máscara em todo o território brasileiro. Ontem o presidente que já havia vetado 17 itens da lei, eliminando obrigações como uso de máscaras em templos e comércios, o presidente estendeu a medida também aos presídios.
Habituado a andar pelas ruas sem máscara e a desrespeitar a lei do Distrito Federal que obriga todo cidadão a usá-la, agora o presidente não tem escapatória; terá que usar máscara e quem sabe poderá até se autoreceitar comprimidos de cloroquina.
“Começou no domingo, diz Bolsonaro, tive uma certa indisposição e se agravou na segunda-feira com mal estar, cansaço, dores musculares e febre alta no final da tarde. Chegou a 38 graus”, comentou o presidente.
O médico da presidência da república o alertou sobre a possibilidade de contágio por coronavírus e só então, ele decidiu se submeter a uma tomografia. O exame não teria revelado graves problemas mas faltavam ainda os exames clínicos, que foram feitos a toque de caixa. O resultado chegou ontem, 6, à noite e a divulgação agora pela manhã. Já na segunda à noite muitos meios de comunicação davam com certo o êxito do exame.
“Dados os sintomas, a equipe medica resolveu aplicar a hidroxicloroquina. Eu tomei ontem por volta das 17h o primeiro comprimido. Também a azitromicina, todo aquele composto foi ministrado e confesso, como acordo muito durante a noite, depois da meia-noite consegui sentir alguma melhora. Às 5h, tomei a segunda dose e confesso a vocês que estou perfeitamente bem”, disse.