A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) recomendou hoje a comercialização do Paxlovid, que é o primeiro antivírico de toma oral para tratar a covid-19 nos países da União Europeia.
“O Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) recomendou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para o medicamento antiviral oral Paxlovid para o tratamento da covid-19”, diz o regulador europeu em comunicado.
Segundo a agência europeia, este medicamento da farmacêutica Pfizer está recomendado, nesta fase, para adultos que não precisam de oxigénio suplementar e que correm maior risco de desenvolver uma forma grave de covid-19.
Para chegar à conclusão hoje anunciada, o CHMP avaliou os dados de um estudo com doentes infetados, que demonstrou que o Paxlovid “reduziu significativamente as hospitalizações ou mortes em pacientes que têm pelo menos uma condição subjacente que os coloca em risco de covid-19 grave”.
A maioria dos doentes participantes no estudo estava infetada com a variante Delta, mas a EMA espera, com base em investigação de laboratório, que o Paxlovid também seja ativo contra Ómicron e outras variantes do SARS-CoV-2.
“O CHMP concluiu que os benefícios do medicamento são superiores aos seus riscos para a utilização aprovada e enviará agora as suas recomendações à Comissão Europeia para uma decisão rápida aplicável em todos os Estados-membros da UE”, adiantou o regulador.
Esta autorização condicional de comercialização é um procedimento utilizado pela EMA para acelerar a aprovação de medicamentos durante emergências de saúde pública na UE, como é o caso da atual pandemia.
O regulador europeu é responsável pela avaliação científica, supervisão e monitorização da segurança de medicamentos na UE, trabalhando em rede com milhares de especialistas de toda a Europa, distribuídos pelos vários comités científicos.
Número de casos na Europa aumenta
A Roménia tem 730 pessoas nos cuidados intensivos. E já há hospitais a tentar transferir doentes para centros médicos menos lotados.
Na Rússia a situação também está difícil, há cada vez mais casos, especialmente nas crianças, o que está a preocupar as autoridades de saúde. As hospitalizações de jovens com COVID-19 crescerem dez vezes nas últimas semanas.
Na Ucrânia, em apenas um dia foram detetadas 32 mil novas infeções. Nas últimas horas, o governo ucraniano reportou a morte de 154 pessoas infetadas. No total, já morreram no país perto de 100 mil pessoas infetadas com o vírus.
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