Foi apresentado na manhã desta segunda-feira (11), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o plano de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga contratos da empresa JMK na manutenção da frota de 17 mil veículos oficiais que atendem o Governo do Estado. O grupo, presidido pelo deputado Soldado Fruet (PROS) aprovou ainda requerimentos para a obtenção de documentos relativos à JMK e convocações de secretários, delegados e diretores à época da vigência destes contratos.
“Foi pedida a documentação dos contratos entre a empresa e o governo e após a análise deste material será iniciada a fase de convocações”, explicou o presidente Fruet. “São contratos firmados entre o Estado com a empresa, o que liga o governo à JMK durante todo o tempo em que ela prestou este serviço”, reafirmou. O presidente propôs o dia 2 de julho como data para a próxima reunião da CPI. O grupo aprovou ainda requerimentos de acesso aos autos da ação cautelar contra a empresa, processos no Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) e cópia do contrato social e eventuais alterações dele na Junta Comercial do Paraná.
DEPUTADO JACOVÓS – RELATOR DA CPI
De acordo com o relator da CPI, deputado Delegado Jacovós (PR), o próximo passo deve estabelecer a convocação do chefe da Operação Peça Chave, deflagrada pela Polícia Civil no mês de maio, Alan Flore, delegado responsável pela Divisão de Combate à Corrupção. “Na sequência, vamos chamar a Secretária de Administração que, efetivamente, assinou este contrato com a JMK”, afirmou, referindo-se à ex-secretária de Estado da Administração e Previdência entre 2013 e 2016, Dinorah Nogara.
Participaram da reunião ainda os deputados Luiz Fernando Guerra (PSL), Michele Caputo (PSDB), Emerson Bacil (PSL), Alexandre Amaro (PRB), Delegado Fernando (PSL), Jonas Guimarães (PSB) e Paulo Litro (PSDB).
Peça Chave
A JMK é investigada pela Polícia Civil, desde que a Operação Peça Chave foi deflagrada em 28 de maio, por crimes praticados por empresários, em valores que podem chegar a R$ 125 milhões de prejuízo aos cofres públicos. O esquema envolveria a falsificação e adulteração de orçamentos de oficinas mecânicas que faziam a manutenção dos 17 mil veículos oficiais do Estado. O contrato com o governo foi firmado em 2015.
Desde o final do mês de maio a Justiça autorizou a Secretaria de Estrado da Administração e Previdência (SEAP) a pagar diretamente pelos serviços de manutenção da frota, veículos que estão com ordens de serviços abertas. O Governo do Estado determinou ainda que os órgãos da administração pública suspendam todos os pagamentos à empresa JMK.
Fonte: ALEP