CRISE HÍDRICA: Com poucas chuvas, rodízio no abastecimento de água chega a mais cidades do Estado

Além da RMC, redução da vazão de rios e poços afeta produção de água nas regiões Nordeste e Sudoeste do Paraná. Mais municípios em situação de alerta podem ser incluídos na lista.

CRISE HÍDRICA: Com poucas chuvas, rodízio no abastecimento de água chega a mais cidades do Estado
                
                    Além da RMC, redução da vazão de rios e poços afeta produção de água nas regiões Nordeste e Sudoeste do Paraná. Mais municípios em situação de alerta podem ser incluídos na lista.

A pouca quantidade de chuva em novembro e nesta primeira quinzena de dezembro compromete o abastecimento público e obriga a Sanepar a implementar rodízio em algumas cidades do Estado. Além de 14 cidades da Região Metropolitana, também estão em rodízio Santo Antônio da Platina, Carlópolis, Quatigá e Siqueira Campos, na região Nordeste, e Pranchita e Santo Antônio do Sudoeste, no Sudoeste.

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) aponta a ocorrência de chuvas isoladas e de fraca intensidade em várias regiões. Este cenário de estiagem, que reduz a vazão de rios e poços, aliado às altas temperaturas, que provocam aumento no consumo, leva à adoção do rodízio para garantir regularidade no abastecimento, sem prejuízo das regiões mais altas ou afastadas dos centros de reservação, que seriam as mais afetadas na distribuição da água.

A cidade de Dois Vizinhos está em alerta e corre o risco de também ter rodízio no abastecimento a partir da próxima semana. Nesse sistema, abastecido por poços e pelo Rio Girau Alto, a queda na vazão chega a 35%. Mesmo com todas as melhorias e manobras no sistema, está difícil manter o fornecimento de água de forma regular para todas as regiões da cidade. Jardim Alegre, Califórnia e Paranavaí também estão em alerta. A Sanepar orienta para o uso racional da água.

Esta situação confirma as previsões meteorológicas que apontavam chuvas abaixo da média em todo o território paranaense em dezembro, alinhada à tendência climática global da La Niña no Oceano Pacífico, com impacto de baixas precipitações no Sul do Brasil.

Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 2021 é de 26% o déficit de chuvas no Brasil em relação à média histórica da última década.

AEN/PR