O jornalista e professor universitário Valdir José Cruz não tem dúvida: A crise hídrica veio para ficar e vai colocar à prova o nível de educação da nossa civilidade. Cruz, é só um dos 3 milhões de cidadãos da metrópole curitibana que está tendo que fazer as contas com a falta de água e com um rodízio que obriga a população a se arranjar nas outras 36 horas em que fica sem.
Durante as 36 horas com água é preciso fazer uso com inteligência e civilidade, diz o jornalista, porque depois chegam as outras 36 horas em que das torneiras não vai sair absolutamente nada. A nova realidade faz com que muitos acreditem que é necessário criar grandes reservas de armazenamento e procurar fazer o máximo de limpeza possível, mas o que precisa mudar de verdade são os hábitos, acrescenta Cruz.
Lavar o carro e as calçadas com água potável é algo inaceitável em um período como esse e segundo o jornalista, somente os mais conscientes já adotaram medidas nesse sentido. Para Valdir, os exemplos precisam ser compartilhados para que outras pessoas comecem a adotá-los.
“Eu mesmo, já criei uma caixa de água específica para armazenar chuva e água não potável só para a descarga dos sanitários”, explica. Outro exemplo que contribui para o superamento da situação, é usar água da descarga da máquina de lavar roupas para fazer a limpeza de casa e das calçadas. Na análise que fez da situação durante a conversa com Ligiane Ciola, Valdir Cruz disse que espera que os governantes comecem a exemplicar o que fazem em suas vidas diariamente para contribuir no combate à escassez da água. “Em vez de gastar milhões em publicidades na tv, o prefeito e até o governador podem mostrar o que fazem em suas casas, até no momento de escovar os dentes podemos economizar”.
Veja a conversa de Valdir Cruz com O FATO MARINGÁ