(Foto: Ricardo Stuckert)
Advogados do Partido dos Trabalhadores entraram no STF com um pedido de suspensão da transferência do ex-presidente da república preso em Curitiba desde abril do ano passado e que de acordo com a decisão deverá ser transferido para o presídio de Tremenbé, interior de São Paulo.
A defesa de Lula recorreu contra a decisão da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba alegando “constrangimento ilegal do ex-presidente” e pedem que seja aguardada a decisão do Supremo Tribunal que está analisando um pedido de soltura.
Na petição, os advogados pedem o julgamento do recurso imediatamente e acusa o ex juiz Sérgio Moro de constrangimento à Polícia Federal ao qual seria subordinado em modo ilegal.
“Não pode o Estado, por meio de órgão subordinado à autoridade coatora, a pretexto de reconhecer sua impossibilidade de assegurar os direitos do paciente [Lula], agravar sua situação jurídica e pessoal, sobretudo na pendência do julgamento deste habeas corpus”, diz o texto da defesa.
A presidente do PT, Gleisi Hoffman, (PR), disse que a vida de Lula corre risco “sob a polícia de João Dória”. O governador de São Paulo ironizou: “Ele será tratado como todos os outros presidiários, conforme a lei”.
RODRIGO MAIA CHAMAM TRANSFERÊNCIA DE LULA DE “PERSEGUIÇÃO ABSURDA”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, classificou a decisão da juíza que ordenou a transferência de Lula para um presídio normal, de absurda pois ignora o fato que se trata de um ex-presidente que tem direito a prisão especial conforme determina a lei.
Conversando com jornalistas Maia, disse que é preciso “tomar muito cuidado”. Eu acho que já estava lá há bastante tempo para fazer uma mudança sem estar organizado um local adequado que garantisse as mesmas condições, disse.
COMITÊ LULA LIVRE
O Comitê Lula Livre emitiu uma nota para criticar a decisão da juíza Carolina Lebbos que transfere o ex-presidente de Curitiba (PR) para São Paulo. Segundo o comitê, a deliberação “não passa de ato mesquinho e vingativo da Operação Lava Jato”.