As Nações Unidas assinalam este 19 de agosto o Dia Mundial Humanitário, incentivando o mundo a homenagear a ação dos funcionários que respondem à pandemia.
Este ano, a data proclamada em memória ao ataque a bomba ao Canal Hotel em Bagdá, no Iraque, é celebrada pela 11ª vez. Pelo menos 22 pessoas morreram na explosão de um carro-bomba no então complexo da ONU no país, incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que era o representante máximo da orrganização no Iraque.
Desafios
Em mensagem de vídeo, o secretário-geral António Guterres destaca que, com a Covid-19, os funcionários de auxílio “superaram enormes desafios para salvar e melhorar a vida de milhões de pessoas.”
O chefe da ONU considera que esses trabalhadores são “heróis anônimos da resposta à pandemia” e, com frequência, “arriscam suas próprias vidas para salvar a vida dos outros.”
Guterres sublinha as “ações extraordinárias em tempos extraordinários” realizadas por esses profissionais que ajudam os afetados por crises. Para o chefe da ONU, em 2020 os trabalhadores de ajuda estão “sobrecarregados como nunca antes”.
A mensagem realça ações como resposta à crise global da Covid-19 e efeitos da pandemia. Entre eles, estão o aumento das necessidades humanitárias, a perda de empregos, educação, alimentos, água e segurança que afetam milhões de pessoas.
Resposta
Para Guterres, as restrições de movimento para retardar a propagação do vírus fizeram com que as comunidades, a sociedade civil e as organizações locais fossem as primeiras a dar resposta.
Guterres destaca ainda a coragem dos trabalhadores de auxílio do setor da saúde e socorristas que “mostram solidariedade e humanidade neste momento de necessidade sem precedentes”.
Nesse setor, a Organização Mundial da Saúde, OMS, relatou 1.009 ataques sofridos por profissionais e instalações em 2019. O resultado foram 199 mortes e 628 feridos em 2019.
De acordo com as Nações Unidas, pelo menos 483 trabalhadores humanitários foram vítimas de ataques diversos no ano passado. Neles, 125 morreram, 234 ficaram feridos e 124 foram sequestrados em 277 incidentes.
A maioria dos ataques ocorreu na Síria, seguida pelo Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Afeganistão, República Centro-Africana, Iêmen e Mali.
Fonte: Onu News