As autoridades apelaram à calma, esta quarta-feira, após uma noite de violência na região parisiense, em particular em Nanterre, onde Naël, de 17 anos, foi morto pela polícia depois de se ter recusado a obedecer numa operação stop.
O Provedor de Justiça dos Direitos Humanos francês anunciou que tomou conta do caso por sua própria iniciativa.
Num vídeo publicado nas redes sociais, a mãe do adolescente apelou a uma marcha branca na quinta-feira, às 14h00, em frente à prefeitura de Hauts-de-Seine, perto do local do tiroteio fatal.
Em Marselha, o Presidente Emmanuel Macron descreveu a tragédia como “indesculpável” e “inexplicável”, enquanto o porta-voz do Governo, Olivier Véran, lançou um “apelo à calma” após o Conselho de Ministros.
A Primeira-Ministra Elisabeth Borne afirmou no Twitter que há uma “necessidade absoluta de verdade” nesta tragédia, enquanto o ministro do Interior Gérald Darmanin, apelou à “calma e à verdade do inquérito judicial”.
Ontem à noite, foram mobilizados 1.200 polícias e gendarmes, dos quais 350 em Hauts-de-Seine.
Em Nanterre, onde os confrontos foram mais violentos, “vários edifícios públicos e privados, incluindo escolas, sofreram danos significativos e inaceitáveis, alguns deles irreparáveis”, lamentou a Câmara Municipal, apelando a que se ponha termo a “esta espiral destrutiva”.
No total, 31 pessoas foram detidas em França, 24 polícias ficaram ligeiramente feridos e cerca de quarenta carros foram queimados, segundo o Ministério do Interior. euronews.