A cadeia de produção de cerveja está em alta no Paraná. Desde 2020, empresas do setor investiram cerca de R$ 5 bilhões não apenas para a fabricação da bebida no Estado, mas também de outros insumos usados no processo, desde o malte até as garrafas. É um trabalho que já começa no campo, com o Paraná liderando a produção nacional de cevada e fomentando também a plantação de lúpulo, outro ingrediente utilizado na cerveja, até chegar ao copo de quem aprecia uma “gelada”.
Esse volume diz respeito a empresas que tiveram incentivo do programa Paraná Competitivo, do Governo do Estado, dentro de um trabalho iniciado pela Invest Paraná, agência de atração de investimentos vinculada à Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Seic).
“Desde 2019 identificamos um aumento na demanda de investimentos do setor cervejeiro, que culminou nesse valor de R$ 5 bilhões aportados principalmente na Região dos Campos Gerais e, mais recentemente, na Região Metropolitana de Curitiba”, explica o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin.
“O setor precisava ser requalificado, ou seja, ter um reinvestimento em suas próprias plantas, fazendo a expansão com apoio do Paraná Competitivo. Com essa ferramenta, desenhamos junto com as empresas o modelo de benefícios e incentivos fiscais para viabilizar esses investimentos”, diz Bekin. “Foi o que resultou nesse número, com milhares de empregos gerados. E não só com as grandes cervejarias, mas com toda a cadeia que envolve também as microcervejarias, as empresas de embalagem e do próprio malte. Foi um trabalho eficiente realizado para esse nicho de mercado”.
Segundo o Anuário da Cerveja, do Ministério da Agricultura e Pecuária, o Paraná chegou a 2023 com 171 estabelecimentos registrados para a produção de cerveja e chope, quarto maior número do Brasil. E pelos dados da Junta Comercial do Paraná, são 289 cervejarias registradas no Estado, sendo que 96 foram abertas entre janeiro de 2020 e agosto de 2024, 13 delas nos primeiros oito meses deste ano.