O Maringá Futebol Clube venceu duas das três partidas que disputou pelo no Grupo 7 da Série D do Campeonato Brasileiro; a que jogou fora de casa, perdeu. O clube sabe que precisa vencer também fora de casa para alcançar o topo da classificação, e neste sábado, as 16h, em Patrocínio, cidade de Minas Gerais que fica a 820km de Maringá, para onde Dogão viajou de ônibus, parece que existe a onda perfeita.
A QUEBRADA PATROCINENSE
A Patrocinense vive uma crise financeira sem precedentes e parece que não tem remédio. Em março desse ano, o time mineiro abandonou a disputa do campeonato estadual por não ter dinheiro para sustentar as despesas que comportava disputar o certame. Com a desistência, a Patrocinense foi rebaixado para o Módulo II de Minas, o que equivale à nossa Segundona. Como a Patrocinense já tinha vaga garantida na Série D, a diretoria decidiu tentar a sorte e se manteve na competição, só que o tiro saiu pela culatra, porque após três rodadas o time só somou um ponto nas três partidas que disputou no certame.
O site “Patrocínio é Notícia” de Minas Gerais, na matéria publicada hoje, 17 e assinada por Fernando Alves, titula com um “Gestão Castastrófica e Dívidas Colocam Fim ao CAP”.
A matéria explica que além das dívidas, há escândalos como a perda de apoio da torcida e as exclusões de competições. A má gestão, teria levado o clube a enfrentar dívidas trabalhistas, escândalos administrativos, interferências políticas, enfim, tudo o que não combina com futebol empresa, com gestão e com o próprio futebol. Fernando Alves diz ainda que “a nova diretoria dizia que não precisava de migalhas e que agora está mendigando apoio para tentar chegar ao fim da Série D”. Para a Patrocinense, diz o site de Minas, “o desafio de sábado contra o Maringá, é crucial”.
DOGÃO CORAJOSO
É neste cenário que o Dogão viajou; Castilho quer mais do que só comer pão de queijo; ele sabe que pode beliscar a vitória lá, mas que situações graves como essa pela qual passa o adversário, podem levar também a desempenhos extraordinários por parte de quem está dentro de campo e quer continuar assim.
O reformulado time de Castilho não enche os olhos de quem o vê jogar, mas o próprio técnico disse em entrevista coletiva dias depois da vitória por 2 a 0 sobre o Costa Rica (MS) – “que na Série D, o importante é conquistar os três pontos e não dá para escolher jogar bonito”; e nisso, ele tem razão; venceu as duas que disputou em casa, mesmo jogando um futebol bem longe daquele que jogava nas semifinais e finais do paranaense.
Se as críticas de quem espera ver um time vencedor e que de quebra também jogue bonito incomodam o técnico, por outro lado, ele sabe muito bem que se neste sábado bater os mineiros fora de casa, e mesmo que isso aconteça jogando um futebol pouco estético, que tudo some e o ambiente vira um paraíso.
Castilho terá à disposição quase todo o elenco, exceto Romanilson e Alemão que ainda não estão aptos fisicamente para jogarem. Destaque para Léo Ceará que deve ser confirmado entre os titulares e a ausência de Rodrigo que cumpre suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. Derick também pode ser uma das novidades no ataque do Dogão. Jogando feio ou não, lá em Patrocínio, diante de um time desesperado e falido, o negócio e garantir os três pontos; o empate já não seria um bom resultado, mas quem pode garantir que a Águia Louca não decida complicar o bicho do Dogão ?