O jornal Times of Israel publicou, na última hora, um vídeo com o primeiro-ministro israelita a afirmar que “nada o deterá” e que Israel “vai ganhar esta guerra”, descrevendo o mesmo como se tratasse de uma reação de Netanyahu ao ataque com drones dirigido à sua casa numa cidade costeira a norte de Tel Aviv. Contudo, não é possível verificar quando a gravação (publicada no sábado nas redes sociais) foi efetuada, já que o primeiro-ministro não se refere diretamente ao ataque contra a sua casa.
No sábado de manhã, a casa de Benjamin Netanyahu foi alvo de um ataque com drones, segundo informou um porta-voz do governo. Nem ele nem sua esposa estavam em casa, disse a mesma fonte israelita, acrescentado que não há registo de vítimas.
O Gabinete do primeiro-ministro de Israel confirma que a sua residência privada em Cesaréia foi alvo de um ataque de um drone proveniente do Líbano, no início da manhã de sábado.
Live update: PMO confirms Netanyahu’s home in Caesarea targeted in drone attack; PM, wife weren’t home at the time https://t.co/QGusrGM7rv
— ToI ALERTS (@TOIAlerts) October 19, 2024
O incidente desencadeou alarmes na base militar de Glilot, mas os militares mais tarde determinaram que os drones não estavam naquela área.
O drone que atingiu a casa do chefe do governo israelita voou cerca de 70 km a partir do Líbano.
Em setembro, os rebeldes Houthi do Iémen lançaram um míssil balístico contra o aeroporto Ben Gurion quando o avião de Netanyahu estava a aterrar. O míssil foi intercetado.
Os ataques de sábado contra Israel ocorrem num momento em que a guerra com o Hezbollah do Líbano – um aliado do Hamas apoiado pelo Irão – se intensificou nas últimas semanas.
Entretanto, em Gaza, as forças israelitas dispararam contra hospitais na parte norte do enclave palestiniano, e os ataques na faixa mataram mais de 50 pessoas, incluindo crianças, em menos de 24 horas, de acordo com funcionários do hospital e um repórter da Associated Press.
Após a morte do líder do Hamas na sexta-feira, esmorecem as esperanças para um cessar-fogo, embora o presidente Joe Biden acredite que haverá mais facilmente paz no Líbano do que em Gaza, o Hezbollah disse na sexta-feira que planeava lançar uma nova fase de combate, enviando mais mísseis guiados e drones explosivos para Israel.
Recorde-se que o líder de longa data do grupo militante, Hassan Nasrallah, foi morto num ataque aéreo israelita no final de setembro, desencadeando o alargamento do conflito. Israel enviou tropas terrestres para o Líbano no início de outubro. Crê-se que cerca de 15 mil soldados israelitas ocupam a região sul daquele país fronteiriço. euronews
*em atualização