O crescimento da economia mundial poderá ser a grande vítima da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Pelo menos, é esta a preocupação de diversos líderes mundiais, como a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
No Fórum de Paris, dedicado ao endividamento dos países em desenvolvimento, a responsável do FMI voltou a alertar esta terça-feira para a ameaça das tensões entre Washington e Pequim.
“Tenho a sensação de que grande parte dos problemas económicos que o mundo enfrenta precisa de ser inserida no contexto das tensões comerciais entre os EUA e a China. Se os investidores não sentirem que esse problema pode ser resolvido em breve, o apetite para investimentos, nos dois lados do Atlântico e em todo o mundo, poderá ficar mais fraco”.
As relações entre as duas potências pareciam estar mais calmas, mas Donald Trump relançou o tema no domingo para a agenda mundial. Através do Twitter, o presidente americano anunciou o aumento de 10 para 25 por cento a partir de sexta-feira nas taxas alfandegárias sobre bens nao tecnológicos.
Resta saber qual será agora a resposta do presidente Xi Jinping à jogada de Trump. Para já, Pequim avança com a viagem nesta semana do vice primeiro-ministro Liu He até Washington, no sentido de prosseguir as negociações.