Quis o destino que o gol que deu o tricampeonato mundial à Argentina fosse de um ilustre desconhecido. Montiel, defensor que entrou no jogo na prorrogação no lugar do cansado Molina, cobrou o pênalti deu a vitória por 4 a 2 nos pênaltis depois de uma partida que terminou 2 a 2 no tempo normal e 3 a 3 na prorrogação.
A decisão da Copa do Mundo do Catar só tem heróis dos dois lados, porque foi a maior de todos os tempos.
O jogo teve quatro tempos. O primeiro, do início até os 64 com domínio Argentino e 2 a 0 no placar, o segundo com a saída de Di Maria e o empate da França no final dos 90; o terceiro com o medo que reinou na prorrogação que não impediu que cada seleção ainda fizesse um golzinho, e o terceiro tempo, decisivo, foi na decisão por pênaltis.
O JOGO – A PRORROGAÇÃO E OS PÊNALTIS:
Quem com pênalti duvidoso fere, com pênalti duvidoso também é ferido. Se a Argentina construiu no primeiro tempo uma enorme vantagem por 2 a 0 a partir de um gol de pênalti duvidoso aos 22 minutos e um de Di Maria aos 35, mantendo sua supremacia até os 19 do segundo, a França também escalou até o empate a partir de um gol de pênalti duvidoso aos 34 e outro aos 36, trazendo o controle do jogo para o lado europeu.
Enquanto Di Maria esteve em campo a Argentina fez com que Mbappè fosse apenas um jogador mediano, mas depois da saída de Di Maria as mexidas de Didier Deschamps fizeram efeito e ajudaram Mbappè a brilhar como nunca. No final dos 90 minutos o placar marcava 2 a 2.
Messi e Mbappè que começaram a decisão com 5 gols cada um no torneio, ao final dos 90 tinham 6 e 7 respectivamente.
Na prorrogação, Messi marcou aos cinco do segundo tempo e Mbappè marcou aos 12, outra vez de pênalti.
As possibilidades de entregar a taça do tri a uma das duas seleções com o resultado da bola rolando se esgotam. Final 3 a 3. Agora não tem jeito. Alguém tem que perder.
Se Mbappè conquista a artilharia com 8, o título de melhor da Copa fica com Messi que aos 35 anos não deve mais pisar nos gramados em outra Copa.
Emiliano Martinez parou um pênalti, Messi, frio, fez o seu, o segundo que ele cobrou no dia, Mbappè fez também, foi o terceiro que ele cobrou e converteu nesta decisão. Os erros de Coman e Tchouaméni nos faz pensar que Mbappè deveria ter cobrado todos, mas não é possível e a Argentina que saiu na frente e foi alcançada duas vezes, agora não se deixou alcançar de novo, e fica com a taça. 4 a 2 a Argentina.
Partida como essa, nunca se viu antes.
Messi é o craque da Copa.
Que lição para o Brasil.