OFATOMARINGA.COM acompanhou na noite de ontem, 21, a abertura do XIV Festival Afro-Brasileiro de Maringá. A abertura do evento que segue até domingo, 26, e é organizado pelas secretarias de Juventude e Cultura aconteceu na Vila Olímpica.
Centenas de pessoas ocuparam o amplo espaço sob o palco que após os discursos de praxe recebeu o Encontro de Religiões de Matriz Africanas. Uma cerimônia envolvente, colorida, com cantos sacros e muita devoção por parte dos participantes.
Passando pelo meio do público formado na maioria dos casos por adeptos das religiões, encontramos uma atmosfera de muita serenidade que reflete bem o conceito Axé. Perfumes, vestidos brancos, turbantes e muitos sorrisos ajudaram a completar o ótimo clima da noite quente de Maringá.
O vice-prefeito Edson Scabora disse em seu discurso “que Maringá se tornará a cidade mais inclusiva do Brasil” e que o Festival Afro-Brasileiro é uma das iniciativas que ganharão cada vez mais espaço para ajudar no processo.
Scabora e os secretários Victor Simião e Emmanuel Predestin esaltaram a programação da edição de 2023 além do encontro de religiões conta também com as realizações de oficinas, projeções de filmes, debates, feira com empreendedores afros e shows.
Em cima do palco, aconteceram cerimônias sacras que contaram com as participações da Umbanda, do Candomblé e do Tambor de Mina.
“Nathan Ferraz de Xangô – dirigente da Casa de Umbanda Amigos do Axé – disse a OFATOMARINGA.COM que a reunião destas religiões é uma representação de tudo o que o Axé traz. “Quando se se fala de Cultura Negra, se fala de Axé, do amor ao próximo e da caridade. Em nossa estrutura acolhemos quase 400 famílias e isso tudo faz parte do Axé; amar o próximo e cuidar do próximo’.
Mãe Cátia vem de Marialva junto com os adeptos da religião Tambor de Mina. Para ela, o encontro das religiões nesta edição é um marco que ela espera que se perpetue. “Conseguimos unir todo mundo; o Candomblé, a Umbanda e o Tambor de Mina, então estamos muitos felizes porque é um encontro de pessoas de de Sarandi, Marialva, Rolândia, Londrina e de várias cidades do país, todos trazendo o Axé para Maringá”.
Tata Luca – filho de Oxum dirige um Centro Religioso de Canbomblé de Angola e Umbanda que fica na avenida São Domingos, na Vila Morangueira. “No Candomblé de Angola cultuamos as origens dos 16 Orixás, a evolução de cada um deles, quando nós estamos tocando o Candomblé é para a evolução de algum filho e dançamos o Xirê para todos os Orixás, com evoluções e roupas e comidas típicas. E hoje aqui nesse Festival, para nós, enfim chegou a nossa hora de pegarmos nosso legado, União, Paz, Amor; levantar a bandeira branca de Oxalá para a paz”, completou
Toda a programação do Festival pode ser consultada clicando neste link