A pandemia refreou os esforços feitos, nos últimos anos, para reduzir o uso do plástico descartável.
No Reino Unido, estima-se que, todos os meses, são deitadas fora 1500 toneladas de máscaras e luvas de plástico. “Foi um choque constatar o impacto dos equipamentos de proteção individual. Há plástico nas estradas e em todo o lado. Durante o confinamento, visitei parques e era raro que não houvesse máscaras na relva”, disse à euronews Marco Aurisicchio, responsável da Ocean Plastic Network.
Grande parte do plástico vai parar aos aterros, onde leva centenas de anos a decompor-se, além de contaminar os solos, o ecossistema e a cadeia alimentar.
Poluição das máscaras ultrapassa a dos sacos de plástico
No mundo do lixo, as máscaras ultrapassaram os sacos de plástico e são agora o tipo de lixo mais comum. “Encorajamos as pessoas a usarem máscaras reutilizáveis, durante a pandemia. Não devemos esquecer que estamos numa emergência climática e precisamos de fazer tudo o que for possível para combatê-la”, disse à euronews Clyde Loakes, presidente da autoridade de gestão dos resíduos do norte de Londres.
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Uso exclusivo de materiais biodegradáveis?
A euronews falou com um especialista em plástico para quem a solução de longo prazo passa pelo uso exclusivo de materiais biodegradáveis.
“Quando se trata de coisas que se podem deitar fora, é importante que esses objetos sejam concebidos para terem uma vida útil muito curta, que durem apenas alguns anos em vez de séculos”, disse Jason Hallett, professor de tecnologia química sustentável, do Imperial College, em Londres.
“É algo possível. A desvantagem é o custo. Esses materiais biodegradáveis custam duas a três vezes mais que os plásticos tradicionais”, acrescentou o especialista britânico.
O lóbi do plástico ativo durante a pandemia
Em plena crise da Covid 19, na primavera de 2020, a associação europeia do plástico (European Plastic Converters) escreveu uma carta à Comissão Europeia para pedir o adiamento da aplicação da diretiva europeia que limita o uso do plástico. A resposta de Bruxelas foi negativa.
Fonte; EURO NEWS