Sem distanciamento social e maioritariamente sem máscaras. Milhares de pessoas desfilaram este domingo pelas ruas de Bruxelas. É a terceira manifestação contra a reintrodução de restrições para travar a pandemia. Os dois protestos anteriores terminaram em violência e governo belga reforçou desta vez a presença policial nas ruas.
O protesto na Bélgica surge no esteio de outras manifestações em várias cidades europeias, incluindo Paris e Londres.
O comércio belga mantém as porta aberta. Os vizinhos holandeses, que entraram em confinamento este domingo, atravessaram a fronteira para fazer as últimas compras. Um casal holandês conta que já tinha decidido viajar para Bruxelas este fim de semana, mas revelam que vão prolongar a visita “porque está tudo fechado em casa”.
O comércio não essencial nos Países Baixos já não pode abrir portas este domingo. O executivo de Mark Rutte anunciou no sábado à noite o quinto confinamento geral no país. Restaurantes, cabeleireiros, ginásios, museus e outros locais públicos ficam fechados, pelo menos, até 14 de Janeiro. Os proprietários dizem que a medida os deixa “na miséria”.
Na Dinamarca, a maior parte dos espaços de cultura e lazer foram encerrados este domingo. Assim vão ficar pelo menos quatro semanas. Uma medida que também é criticada pela população que a considera incoerente. Maja Holm, trabalha num bar e considera que não faz sentido encerrar uma sala de cinema ou de Teatro, onde as pessoas não estão frente a frente, e não fechar restaurantes onde se permite a convivência em grupos. Diz que é uma questão para o governo analisar.
A partir desta segunda-feira, na Áustria, os cidadãos não vacinados vão ter de fazer quarentena à chegada ao país. Um isolamento mínimo de 5 dias, altura em que será feito um teste PCR.
A Organização Mundial de Saúde revelou este fim-de-semana que a variante ómicron foi detectada em 89 países. O número de infeções duplica a cada 1,5 a 3 dias em locais com transmissão comunitária.
EURONEWS