O auditório Hélio Moreira sediou nesta sexta-feira, 19, a 17ª edição do Seminário de Mulheres Negras. O tema desse ano foi “Juventude negra e a dor do racismo”. Eva Coleho, presidente do Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques disse em entrevista a O FATO MARINGÁ “que o Instituto de Mulheres Negras foca em palestras em escolas para trabalhar na conscientização dos jovens sobre a grave chaga do racismo”.
Eva conta que durante o seminário deste ano, um jovem abriu o coração e perguntou como ele deveria reagir quando um colega de escola o chama de macaco. “Se eu reajo e o agrido perco a razão e termino punido, se me calo consinto que as agressões prossigam”, diz Eva citando a fala do jovem. Eva diz que é nisso que reside a dor que um jovem carrega no peito, e que o racismo não pára por aí, se reflete em todas as faltas de oportunidades que o jovem negro não vai ter durante seu percurso de vida.
Veja a entrevista com Eva Coelho – presidente do Instituto de Mulhere Negras Enedina Alves Marques
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Sobre O FATO que 2022 terá a primeira eleição com mais candidatos negros do que brancos registrados, Eva diz, que é um algo positivo, que é uma esperança, mas que infelizmente muitos negros quando se elegem não defendem as causas históricas. “Nossa proposta é eleger negros, mas negros que nos represente”, enfatizou a presidente.