O prefeito de Nova Esperança Moacir Olivatti começou sua segunda administração com o amparo de 86,13% dos votos da cidadania. Ao contrário do que se possa imaginar Olivatti não obteve tantas preferências devido à popularidade gerada por agrados típicos da velha política, mas sim pelo seu empenho no combater velhos costumes que favoreciam poucas pessoas e grupos. Romper laços decenais lhe rendeu até ameaças de morte, mas abriu portas para que o município começasse a vislumbrar superávit no caixa.
O FATO MARINGÁ entrevistou o prefeito em ocasião do Seminário realizado pela Secretaria de Assuntos Metropolitanos da Prefeitura de Maringá com objetivo de mostrar como a administração de Ulisses Maia está conseguindo aumentar as entradas do município sem ter que criar ou aumentar alíquotas de impostos e taxas. Olivatti veio ouvir a palestra do Secretário de Fazenda Orlando Chiqueto e contou também sua experiência positiva junto à prefeitura de Nova Esperança.
VEJA A ENTREVISTA COM O PREFEITO DE NOVA ESPERANÇA MOACIR OLIVATTI
Olivatti conta que em Nova Esperança era muito comum que dívidas de contribuintes com o município prescrevessem, e que geralmente eram os que tinham mais imóveis que deixavam de pagar.
“Desde o início de meu primeiro mandato isso não acontecesse mais em Nova Esperança, e a partir de agora o prefeito que não fizer o mesmo que estamos fazendo vai ter quer prestar contas ao Tribunal de Contas e certamente não terá suas contas aprovadas, podendo até mesmo ter que responder na Justiça por não cumprir com sua obrigação que é cobrar o imposto devido; isso é renúncia de receita, é algo muito grave, tem que cobrar, seja de quem for”.
O prefeito de Nova Esperança disse também que ele e a população não acreditam em administradores que sempre dizem que não dá para fazer as obras e os serviços que servem porque o município não tem arrecadação. “Eu não acredito nisso, o que existe é falta de vontade de correr atrás do que é de direito público. Aqueles que não querem pagar impostos na medida justa, são os primeiros a exigirem serviços de primeira qualidade”.
“Gerar receita é aplicar Justiça Fiscal, é respeitar o dinheiro da população. Nós vendemos imóveis que não eram necessários, acabamos com os aluguéis de imóveis caros e desnecessários que nos custavam o dobro do valor de mercado e acabamos com o desperdício que existia dentro da estrutura funcional, desde excessos com internet, consumo de água e de energia elétrica”.
“Nos primeiros quatro anos de mandato selecionamos cerca de cem ítens que precisavam passar por mudanças e adequações que nos propiciaram uma economia que nos levou a começar esse segundo mandato com superávit que nos ajuda a administrar a cidade mantendo e aumentando a quantidade de serviços à população neste momento tão difícil que essa pandemia trouxe”, diz o prefeito.
“Hoje no meu gabinete, eu acesso um programa no meu computador e sei o que tem e o que não tem de estoque de produtos na prefeitura, o que entra e o que sai, e consigo evitar que haja excessos e desperdícios que ajudam a aumentar nossas receitas que não são feitas só de entradas, mas também de austeridade e respeito pelo dinheiro do contribuinte”, explica Olivatti.
“Um certo dia passei por todas os setores da prefeitura, mandei abrir gavetas e armários, e em uma delas encontrei uma quantidade de clips suficientes abastecer a prefeitura por dez anos, e isso é uma coisa importante, austeridade nos gastos.
Se temos um produto em estoque porque devemos comprar mais do que serve ?”, questionou o prefeito.
“Economizamos em muitas coisas para podermos melhorar as nossas creches, nossas escolas, oferecer melhor qualidade ensino, e dá para fazer porque eu e minha equipe estamos fazendo“, concluiu.
Olivatti conclui a conversa com O FATO MARINGÁ dizendo que antigamente, sem rigidez e controle que sua administração está empregando, o município só tinha condições de pagar a folha de pagamento dos servidores e ficava na dependência de recursos do Estado para poder melhorar a qualidade de vida da população.
Atualmente, Nova Esperança está com vinte obras em andamento, algumas com recursos próprios como a da implantação o Sistema de Monitoramento da cidade, sem ter que onerar o cidadão com aumento de impostos ou cortar serviços essenciais para poder realizá-las.
SEMINÁRIO DÁ INDICAÇÕES SOBRE COMO AUMENTAR A ARRECADAÇÃO DOS MUNICÍPIOS SEM ONERAR O CONTRIBUINTE
Aumentar a arrecadação dos municípios sem aumentar impostos e taxas. Esse foi o objetivo do Seminário ministrado pelo secretário de Fazenda da prefeitura de Maringá, Orlando Chiqueto. Além de vários prefeitos da Amusep, cidades como Cianorte, Campo Mourão e Nova Esperança também participaram das atividades desenvolvidas na manhã desta sexta-feira, 12, no Auditório Hélio Moreira – paço municipal da prefeitura de Maringá.
A iniciativa faz parte do programa da Secretaria de Assuntos Metropolitanos e Institucionais de Maringá e da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense – Amusep.
Chiqueto apresentou relatórios sobre a saúde econômica da administração pública que demonstram incrementos superiores a 70% em relação a anos anteriores. Segundo o Secretário de Fazenda, entre os segredos do superávit do município, estão a austeridade nos gastos, investimentos em mão de obra qualificada, redução da burocracia, justiça fiscal e rigidez na fiscalização.
* Entrevista com o secretário de Fazenda Orlando Chiqueto
Fausto Herradon, Secretario de Assuntos Metropolitanos afirma que o seminário de hoje, faz parte de uma série de iniciativas que a Prefeitura de Maringá está organizando em parceira com a Amusep e com municípios de outras regiões, com objetivo de compartilhar cases de sucesso da administração de Ulisses Maia, mas também de outras cidades que estão se destacando em alguns indicadores dos setores da vida pública.
“Não é somente Maringá mostrar o que tem de bom, mas observar ações relevantes de outras cidades. Um exemplo é a cidade de Munhoz de Melo com o prefeito Dr. Marcondes que foi premiado pelo excelente trabalho desenvolvido na Saúde; Temos também Floraí e Atalaia, que se destacaram por dois anos consecutivos no IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, um indicador criado pelo governo federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas. Esses municípios possuem os melhores índices do Paraná e isso tem que ser compartilhado com todos”, disse o Secretário.
VEJA A ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O SECRETÁRIO FAUSTO HERRADON
Secretaria de Assuntos Metropolitanos prepara lançamento do 1º Circuito Metropolitano de Cicloturismo
O próximo capítulo do projeto da secretaria comandada por Fausto Herradon tem um olhar voltado para o potencial de agroturismo dos municípios da região. A próxima etapa contará com apoio e participação das secretarias de Esporte, Turismo, Meio-Ambiente de Maringá.
Herradon anunciou para setembro de 2021 o lançamento do primeiro Circuito Metropolitano de Cicloturismo. “Vamos conhecer a região pedalando. A primeira etapa terá 50 km, com saída de Maringá, passando pelo distrito de Água Boa, Dr. Camargo, Ivatuba com conclusão em Floresta”.
No trajeto, paradas estratégicas para que os participantes possam conhecer rios, lagos, cachoeiras, igrejas. “Isso já tem despertado o interesse de outros prefeitos da região, porque esses atrativos podem também constituirem-se em fatores de desenvolvimento econômico com consequente aumento na arrecadação das prefeituras”, concluiu o secretário.
Do seminário de hoje, participaram ainda os prefeitos Carlos Eduardo Mariani de Atalaia, Edilen Henrique Xavier de Dr. Camargo, Edna de Lourdes Contin de Floraí, Eliseu S. da Costa de Iguaraçu, Fábio Chicaroli de Lobato, Maurício da Silva, o Professor Índio de Mandaguaçu, Moacir Olivatti, de Nova Esperança, Ismael Batista de Paiçandu, Waldemar Cocco Jr de Paranacity, João Péricles Martinati de Presidente Castelo Branco, Agnaldo Carvalho Guimarães de São Jorge do Ivaí, José Bassi Neto de Uniflor e Robson Pedroso de Jussara e o vice-prefeito de Sarandi Wlademir Garbuggio. Outros municípios também enviaram representantes.