Com um gol de Bello de meia bicicleta, também conhecida de puxeta, a Venezuela arrancou aos 40 do segundo-tempo, um ponto da Seleção de Diniz que decepcionou os 40 mil torcedores cuiabanos que lotaram a Arena Pantanal na noite de ontem, 12.
O gol do Brasil saiu antes, aos 7 do segundo-tempo, e mais uma vez não foi gol de atacante; saiu de uma cobrança de escanteio de Neymar para a cabeçada de um zagueiro; dessa vez foi a cabeçada de Gabriel Magalhães levar o Brasil às redes. No jogo contra o Peru, o gol tinha sido de Marquinhos, aos 44 do segundo-tempo.
Hoje, o ataque não combinou nada de importante. Richarlison não pegou na bola, Gabriel Jesus, como atacante foi melhor zagueiro, Matheus Cunha também não fez a diferença, e Neymar sasaricou, sasaricou e sasaricou igual ao Vini Junior e nada,.
Quem joga como o brasileiro gosta de ver é Soteldo, que entrou na partida aos 12 minutos do segundo-tempo e colocou fogo na partida. O jogador do Santos recebeu várias bolas na intermediária do ataque pela esquerda, e em determinados momentos, o Brasil chegou a mobilizar quatro jogadores para tentar conte-lo. O baixinho infernizou muito e tirou a Venezuela do campo de defesa.
Enquanto o Brasil se ocupava de marcar bem Soteldo, Caceres recebia bola no meio-campo, se livrava da entrada faltosa de Gerson e abria para Samarino no bico da área pelo lado direito do ataque venezuelano. Samarino levantou na área e achou Bello desmarcado na marca do pênalti; ele estava de costas para o gol, e fez o que melhor podia; não encaixou uma bicicleta, mas meia foi; e melhor foi no cantinho de Ederson que só tocou a bola depois que ela parou no fundo da rede. Golaço que provocou uma histeria no banco da Venezuela.
O jogo terminou mesmo 1 a 1; e o Brasil que ficou com a bola mais de 80% do tempo, pode ficar com ela também depois do jogo, para ver se para de jogar esse tic tac que o torna igual a todos os outros. O estilo de Diniz não está funcionando bem com os jogadores que jogam lá na Europa; falta a cadência de bola que se vê no time do Fluminense, e quem sabe não falte também jogadores como Ganso.
A desculpa que mais se ouviu, é que os atletas que atuam na Europa, estão em começo de temporada; então seria mesmo o caso de usar mais jogadores que atuam no Brasil; só um Tiquinho.
Faltou dizer que no final de jogo, uma confusão danada, com a comissão técnica da Venezuela entrando toda em campo pensando que o jogo já tinha acabado, o árbitro achou que era melhor acabar mesmo antes dos dois mintuos de acréscimos que ele mesmo tinha dado. Não tem desculpa; tanto que a seleção saiu de campo sob vaias e houve lançamento de milho de pipoca na cabeça de Neymar. O recado está dado.
Quem apostou forte num empate da Venezuela contra o Brasil pode ter levado uma bola, mas será que alguém em sã consciência apostou ? Acho que não. Esse, é o segundo empate do Brasil em toda a história dos confrontos entre os times em jogos oficiais; em todos os outros 27, o Brasil havia vencido.