O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou no final da tarde de quinta-feira (20) a mudança no novo modelo de concessão de rodovias no Paraná. A alteração foi confirmada durante uma transmissão pela internet realizada ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro. O governo federal pretendia implantar um modelo híbrido de concessão onerosa. Após pressão da Assembleia Legislativa do Paraná, por meio de dezenas de audiências públicas ocorridas em todas as regiões do Estado, o governo reviu a questão.
Enquanto o Governo Federal relutava em ceder ao pedido dos paranaenses, em Maringá acontecia a 17ª Audiência Pública sobre a nova concessão do pedágio. A Frente Parlamentar do Pedágio junto com representantes da sociedade civil se reuniu na Câmara na manhã de sexta-feira, 21, para mais uma vez expressar indignação e repúdio ao modelo híbrido que castigou o estado com tarifas caras nos últimos 20 anos.
O vice-prefeito de Sarandi, Wlademir Garbuggio, lembrou a atuação da Assembleia no processo. “Quero destacar a importância do trabalho dos deputados estaduais pela região. O que deve prevalecer é o interesse comum”, comentou.
Éder Fabrila Rosa, representante da OAB-PR subseção Maringá, disse que o órgão está à disposição para se debruçar sobre os contratos a serem firmados. “Discussões como esta deveriam estar na vida pública o tempo todo. É importante ouvir a sociedade. Não estamos pleiteando um grande desconto. A tarifa é que está muito alta”, disse.
“Vemos a falta de compromisso das concessionárias com o meio ambiente. Gastam muita energia e não produzem muito”, alertou. Edimilson da Silva, representante do Sindicato Nacional dos Docentes, frisou a importância da apresentação dos deputados e criticou o atual modelo.
O presidente do Sinteemar – José Maria Marques, disse que os paranaenses não aguentam mais pagar pedágio caro. “O governador não pode aceitar o que o Governo Federal quer”, disse o sindicalista (quando ainda não tinha sido anunciado pelo Governo Federal).
“A proposta ideal seria pagar de pedágio no máximo dois, três reais, ou ainda que o Paraná retomasse a gestão do pedágio”, como sabemos que isso não acontecerá temos que brigar para que a taria seja a menor possível”, disse Marques
O ex-vereador e dirigente do Sindicato dos Bancários, Luiz Pereira, também participou dos debates na Câmara. Para ele, bom mesmo seria se não tivessemos que pagar pedágio. “Nós já pagamos muitos impostos, como o IPVA que deveria servir para manter as estradas, mas não podemos arriscar e voltar ao passado e por isso chegou o momento de pedirmos justiça, com tarifas justas, baixas e serviços adequados.
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