O Flamengo perde para o Inter por 2 a 1 de virada com gol da vitória há dois minutos do fim da partida. Esse é o resumo mais sintético de uma partida disputadissíma sob o sol das 11 horas da manhã deste domingo no Beira Rio.
O time da casa só ficou com a bola 38% do tempo, confirmando o novo padrão de jogo exigido por Sampaoli. Na sexta-feira o técnico chileno interrompeu o treino no Rio e pediu aos jogadores que valorizassem a posse de bola, pois segundo ele, “cada bola perdida é prejuízo”. O Flamengo ficou mais com a bola, mas errou mais passes e chutou ao gol o mesmo número de vezes que os gaúchos. 4 chutes de cada time exigiram defesas dos goleiros.
É verdade que os números mostram que nem sempre ficar mais tempo com a bola resulta em gols, mas é inegável que o Flamengo de Sampaoli é um time que recuperou a confiança. A confiança pode até ter atrapalhano. O time carioca criou muito, e Gerson não foi só o responsável pela pintura de gol que abriu o placar em Porto Alegre; ele também foi o maestro que ditou o ritmo do jogo e da posse da bola à favor do Flamengo.
Aos 17 minutos do segundo tempo, Gerson começou a jogada no meio campo, deu um drible em diagonal e serviu Gabi Gol na entrada da área; o avante chuta e a bola é interceptada por um zagueiro, na sobra Gerson ganha na dividida, dá um chapéu no goleiro e faz duas embaixadas antes de já dentro da pequena área empurrar para o fundo das redes colorada.
A vantagem do Flamengo durou só quatro minutos; Wanderson recebe de Alan Patrick, ele vê Maurício chegando de trás e passando nas costas da zaga; ele rola para o jogador que havia entrada em campo há apenas um minuto e vinte segundos; Maurício não vacila e toca na saída do goleiro. Jogo empatado – 1 a 1.
A partida esquenta e o Flamengo pressiona. Aos 46 Gabriel é barrado cara a cara por Keiller depois de receber bola de Gerson. Aos 50 Matheus França cabeceia a bola na trave. Aos 52 veio o castigo. Quem não faz leva. O predestinado Maurício em seu dia de Glória recebe bola de Jean já dentro da grande área; ele pára na frente do zagueiro, domina com a esquerda, e com a mesma perna corta para o centro da área, então vê Santos adiantado e coberto por cinco jogadores do Flamengo; um totozinho por baixo da bola encobre o goleiro e ela termina no ângulo alto; outro golaço, só que esse valeu a vitória. Final Inter 2 a 1 sobre o Flamengo que hoje teve em campo Santos, Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e depois Rodrigo Caio, Ayrton Lucas, Thiago Maia, Vidal e depois Everton, Everton Ribeiro e depois Matheus França, Gerson, Gabriel, Pedro e Marinho.
Ao todo, entraram em campo 15 jogadores, e o único que não entrou hoje em relação à partida de estreia de Sampaoli contra o fraco Nublense foi David Luiz.
Escalação muito parecida e resultado inverso mostrando evolução, mas também fragilidades do rubro negro que agora tem só três dias para se recuperar do cansaço e da derrota antes de na quarta-feira, 26, receber o Maringá no Maracanã; jogo que os cariocas já começam perdendo de 2 a 0; placar construído na histórica vitória do Dogão no dia 13 no Willie Davids.
Com a bola que jogou hoje, o Flamengo pode sim alcançar a vaga, mas vai ter que ficar atento, porque o técnico Jorge Castilho disse em entrevista a OFATOMARINGA.COM que não pretende renunciar ao ataque no Maracanã. Ir com tudo para cima do time do Dogão pode ser produtivo se fizer o primeiro gol logo, mas se por acaso levar um no contra-ataque, não vai ser gol de 1 a 0, mas de 3 a 0. Os dados estão rolando; façam suas apostas.
VEJA A ENTREVISTA DE JORGE CASTILHO A OFATOMARINGA.COM