Terremoto faz mais de 640 mortos e 3 mil feridos na Turquia e na Síria

foto: euro News

Mais de 640 pessoas terão morrido e cerca de 3 mil ficaram feridas na sequência de uma série de fortes sismos com magnitudes entre os 6 e os 7.8 graus na escala de Richter, registados no sul da Turquia, afetando também parte da Síria.

O balanço de vítimas está sendo atualizado por agências de notícias de ambos os países, citando fontes oficiais. Milhares de edifícios ruíram e há ainda muitas pessoas soterradas.

Diversos países da União Europeia e até a Rússia já anunciaram o envio de equipes de resgate para ajudar nas regiões afetados nas buscas por sobreviventes.

A agência de notícias turca Anadolu cita a Agência de Gestão de Desastres da Turquia (AFAD), adiantou o registo de um terremoto de magnitude de 7.4 registado às 04:17 horas locais (menos três horas em Lisboa), seguido de mais de 40 réplicas, algumas de 6.6 graus, e fala em pelo menos 284 mortos confirmados, 2.323 feridos e centenas de edifícios destruídos, distribuídos por diversas regiões do sul do país, sobretudo em Malatya.

A AFAD coloca o epicentro do sismo na região de Pazarcık, província de Kahramanmaraş, cerca de 100 quilômetros a norte da fronteira com a Síria.

O Presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, já lamentou a tragédia e informou ter mobilizado equipas de busca e resgate para a região afetada pelo terramoto.

Serviço Geológico dos Estados Unidos registou o abalo mais forte também pelas 04:17 horas da manhã, mas com uma magnitude de 7,8 graus, localizando-o em Nurdağı, cerca de 77 quilómetros a oeste de Gaziantep e 60 a norte da fronteira com a Síria.

 

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A agência estatal síria SANA cita o Ministério da Saúde e fala em pelo menos “248 mortos e 700 feridos, a maioria nas províncias de Alepo, Hama Latakia e Tartous”. Nas regiões rebeldes, o balanço efetuado pelos “capacetes brancos” aponta para pelo menos 120 mortos.

A Associated Press eleva, entretanto, o balanço geral para pelo menos 640 mortos e cerca de 3 mil feridos entre a Turquia e a Síria, referindo informações recolhidas junto de agências e organismos oficiais de ambos os países.

A AP acrescenta que o sismo atingiu uma região síria controlada pela oposição ao regime de Bashar al-Assad e onde estarão deslocadas pela guerra civil cerca de quatro milhões de pessoas. Muitas a viverem em habitações sem poucas condições.

O sismo teve o epicentro a norte da cidade de Gaziantep, a cerca de 90 quilómetros da fronteira com a Síria, e foi sentido sentido inclusive no Cairo, a capital do Egito, no Líbano, com vários residentes de Beirute a passar o resto da noite em carros. Em Itália, foi emitido um alerta para possível maremoto na costa leste.

Ajuda internacional
O primeiro-ministro dos Países Baixos anunciou o envio de uma equipa de busca e resgate para a região afetada pelos sismos, no sul da Turquia e no norte da Síria. Numa publicação nas redes sociais, Mark Rutte manifestou pesar pelas vítimas deste “severo desastre natural”.

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, também já ofereceu ajuda, assm como a Grécia, a Bulgária e até Israel, com quem a Turquia está em processo de reatamento de relações diplomáticas.

Apesar das sanções e bloqueios internacionais devido à invasão da Ucrânia, a Rússia anunciou estar a preparar o envio para a Turquia de equipas de resgate para ajudar nas buscas por sobreviventes da sequência de fortes sismos desta segunda-feira.

O Presidente Vladimir Putin já enviou as condolências aos dois homólogos, o turco Recep Tayyp Erdogan e o aliado sírio Bashar al-Assad, pela trágica ocorrência desta manhã. EURO NEWS

[Em atualização]