François Bayrou, centrista e fiel aliado do presidente Emmanuel Macron, foi nomeado primeiro-ministro de França esta sexta-feira.
O anúncio foi feito depois de o líder francês e Bayrou terem falado durante quase duas horas no Palácio do Eliseu.
O líder do partido Movimento Democrático (MoDem) tem alguma popularidade, mesmo entre alguns deputados de extrema-direita do Rally Nacional (RN), mas ainda não tem o apoio unânime dos membros de outros partidos.
“Se esta hipótese (François Bayrou) for confirmada, dar-lhe-emos uma oportunidade, tal como fizemos com Michel Barnier”, afirmou Philippe Ballard, deputado de extrema-direita.
No entanto, o partido de extrema-esquerda La France Insoumise (LFI), declarou que irá propor uma moção de censura contra a nova escolha de Macron.
O ex-primeiro-ministro Michel Barnier foi derrubado após a votação de uma moção de censura no parlamento, a 4 de dezembro, depois de ter tentado forçar a adoção do plano orçamental da segurança social para o próximo ano sem o voto dos deputados.
Ontem, Macron deslocou-se à Polónia, mas encurtou a visita num aparente esforço para finalizar a nomeação, depois de ter falhado o prazo de 48 horas prometido aos líderes partidários na terça-feira.
O novo governo será revelado nos próximos dias.
Bayrou enfrenta agora o desafio de forma um executivo capaz de sobreviver aos deputados.
O novo primeiro-ministro e o seu gabinete terão a difícil tarefa de aprovar o plano orçamental para 2025 numa câmara baixa amargamente dividida. O atual parlamento está dividido em três blocos distintos, sem uma maioria clara, depois de Macron ter convocado eleições antecipadas durante o verão. euro news