Maringá e Camboriú protagonizarão a partir do próximo final de semana um mata-mata de invictos, e de muito equilíbrio nos números. O Dogão não perdeu em nenhuma das 7 partidas do returno e o Camboriú fez melhor; não perde há oito jogos, desde a última rodada da ida do Grupo 8.
Observando somente o returno, o Dogão soma 17 pontos com 5 vitórias e 2 empates, enquanto o Camboriú contabiliza 15, com 4 vitórias e 3 empates. Mas se consideramos também o último jogo da ida, a coisa se modifica; O Camboriú se iguala ao Maringá no número de vitórias e o supera em pontos alcançando 18, enquanto o Dogão fica estacionado nos mesmos 17.
O equilíbrio que os números mostram entre o time da cidade de Maringá e o time da cidade praiana que os maringaenses adoram invadir é tão grande, que os dois obtiverão cinco gols de saldo no returno. E se nos gols marcados no returno o Dogão tem dois a menos que o rival, 9 contra 11, nos gols sofridos, é o time de Camboriú que se mostra mais frágil tendo sofrido 6 contra 4 do Maringá.
Com 24 pontos somados ao final da ida e da volta, Maringá ficou com o segundo lugar no Grupo 7 e Camboriú com seus 22 pontos ficou em terceiro no Grupo 8; e é exatamente essa diferença que dá vantagem e não favoritismo ao Maringá; o direito de jogar a partida da volta no Willie Davids.
O técnico Jorge Castilho sempre sustentou que apostava no crescimento da equipe no decorrer do certame, e isso aconteceu, sobretudo com a chegada de reforços como Julio e o retorno de Mirandinha e Marcos Vinicíus.
Para a partida da ida, o Camboriú mais uma vez terá que jogar em Itajaí, isto porque, seu estádio ainda está em reformas para ampliar o número de torcedores que atualmente é de 3,5 mil e não correspondem à capacidade exigida pela CBF.
E SE ?
Diz o ditado popular que “há males que vêm para bem”, e talvez, mas só talvez, seja o caso do Maringá, porque se não fosse aquele empate cedido ao CRAC no último segundo em Catalão de Goiás, o escrete maringaense teria terminado a fase com 26 pontos, seria líder, e no primeiro mata-mata da Série D encontraria o Brasil de Pelotas e não o Camboriú. A pergunta que surge em modo espontâneo é: Teria o MFC vida mais fácil enfrentando o rubro negro do Rio Grande do Sul ?
Talvez, mas sempre talvez, não !
É verdade que o Brasil de Pelotas sofreu muito mais para garantir a vaga na segunda-fase, e só a conquistou porque o São Joseense tomou um gol no último segundo de jogo contra o Caxias, igualando-se em pontos ao time paranaense e o superando no saldo de gols.
Por outro lado, o time do Rio Grande do Sul já frequentou a Série B em 2021, e em 2022 jogou na C em 2021, foi rebaixado por dois anos seguidos, e agora que escapou de ficar fora da segunda fase, pode e deve engrossar o caldo para que o encontrar pela frente. Sorte do Maringá e azar da Patrocinense ?
Não dá para saber, mas é melhor encararmos aquilo que é, e o Camboriú pelo menos é menos tradicional que o Brasil, jogará fora de casa duas vezes e o Dogão pode fazer tesouro disso.
A CBF deve anunciar nesta quarta-feira, os dias e horários dos jogos da ida que devem acontecer ou no sábado, 29 ou no domingo, 30.