Gaeco apura participação de policiais no desvio de eletrônicos do Paraguai

JOGO DO BICHO: Gaeco cumpre mandado de prisão preventiva contra o presidente da Câmara de Arapongas

foto - arquivo MPPR

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpre nesta terça-feira, 14 de março, nove mandados de busca e apreensão e quatro mandados de intimação de medidas cautelares na Operação Rota 303. As investigações apuram possível envolvimento de policiais militares na apropriação indevida de equipamentos eletrônicos oriundos do Paraguai. Expedidas pelo Juízo da Vara da Auditoria Militar de Curitiba, as ordens judiciais são cumpridas com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar em endereços nos municípios de Jataizinho, Ibiporã, Londrina, Sertanópolis, Uraí e Sertaneja.

As investigações sobre o caso tiveram início após a análise de informações contidas em aparelho de telefone celular de um policial rodoviário que foi alvo na Operação Imperium, deflagrada em maio de 2021 pelo Gaeco e voltada a desarticular organização criminosa do ramo de jogos ilegais que atuava em diversos municípios paranaenses e no estado de São Paulo. Nos registros foram identificadas tratativas de venda de produtos oriundos do Paraguai que teriam sido subtraídos pelos policiais durante o atendimento de uma ocorrência de tentativa de roubo. Os bens indevidamente apropriados pelos agentes públicos – produtos eletrônicos – valeriam cerca de R$115 mil.

Os policiais investigados pelos atos ilícitos – que, se confirmados podem configurar o crime de peculato – atuariam na Polícia Rodoviária (BPRv) e na Polícia Ambiental/Força Verde (BPAmb-FV) do Paraná. O Juízo criminal também impôs aos suspeitos a proibição de manter contato com testemunhas e demais investigados, por qualquer meio de comunicação (contato pessoal, telefônico, por meio eletrônico ou virtual). MPPR