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“O Papa – afirmou Gallagher – está muito convencido de que se pudesse fazer uma visita poderia ter também resultados positivos. Ele disse que irá para a Ucrânia e sempre se mostrou disponível em visitar Moscou e também a encontrar as autoridades russas”.
Questionado se a viagem a Kiev poderia acontecer no retorno do Canadá, onde Francisco estará na última semana de julho, o arcebispo respondeu: “Sim, acredito que voltando do Canadá começaremos realmente a estudar as possibilidades”.
E sobre a possibilidade que isso aconteça já em agosto, declarou: “Possivelmente, não descartaria, mas depende muito dos resultados da viagem ao Canadá, vamos ver como o Papa resistirá a essa viagem, que também é muito empenhativa e depois vamos ver”.
Sobre os contatos com Moscou para a possibilidade de uma viagem, Gallagher afirmou: “Nossos contatos com a Federação Russa neste momento são bastante institucionais, por meio do núncio apostólico em Moscou e pelo embaixador russo aqui na Santa Sé. Afora isso, não há muitos contatos diretos ou pessoais”.
O arcebispo acrescentou: “Enquanto estamos muito preocupados com as questões ucranianas e a resolução da guerra, ao mesmo tempo estamos preocupados com o futuro dos Balcãs Ocidentais”.
Gallagher então respondeu a uma pergunta sobre o desafio ecumênico e sobre o encontro entre o Papa e o Patriarca Kirill: “Acredito que se o Patriarca e o Santo Padre forem ao Cazaquistão para esta grande conferência das religiões mundiais, sim, haverá um encontro. É preciso tentar superar as dificuldades e mal-entendidos pela unidade da Igreja”.
Por fim, o arcebispo secretário para as Relações com os Estados comentou o assassinato do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe: “O ataque e sua morte me enchem de profunda tristeza, tive a honra de conhecer o primeiro-ministro quando visitei o Japão. Ele foi um homem que teve uma grande influência além das fronteiras do Japão. Ele também era uma pessoa muito controversa, mas um homem de princípios, um homem de grande senso do bem comum de seu povo”. Vaticano News