Balanço de 24 horas trágicas: aos 400 ataques assumidos por Telavive correspondem mais de 700 mortos nas contas do Hamas. Estabelecendo uma ordem de grandeza, sete centenas de pessoas é o equivalente a 12 autocarros cheios de passageiros.
Ataques que deixam também um rasto de destruição que atinge as instalações médicas em território palestiniano. Os danos causados pelos bombardeamentos e a falta de energia obrigaram muitos dos centros de emergência a fechar portas, deixando milhares de feridos sem resposta.
Nas contas do exército israelita, os alvos continuam a ser militares e as mortes que aparecem nos relatórios oficiais são de elementos do movimento islamita Hamas.
Apesar de não ser possível confrmar o balanço de vítimas de forma independente, as organizações no terreno reconhecem que os números não têm precedentes no conflito israelo-palestiniano. A ONU insiste na urgência de num cessar-fogo humanitário
“O primeiro passo deve ser um cessar-fogo humanitário imediato, salvando as vidas de civis através da da entrega de ajuda humanitária rápida e efectiva, em toda a Faixa de Gaza,” diz Jeremy Laurence, do Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, acrescentando um apelo aos líderes: “Esta violência nunca terá fim se os líderes não tomarem posição e tiverem uma atitude corajosa, exigida pela humanidade básica”.
O apoio humanitário continua a chegar ao Egipto – única porta de entrada para Gaza.
Do Barhein entraram esta terça-feira 40 toneladas de ajuda médica e de alimentos e mais um lote de material específico para as agências da Cruz Vermelha que estão no terreno.
Também esta terça-feira, mais dois aviões de carga da Força Aérea turca transportaram apoio para os palestinianos isolados na Faixa de Gaza.