Um museu dedicado à cultura LGBTQIA+ abriu na semana passada em São Petersburgo, mas fechou poucos dias depois, por altura em que entrou em vigor, na Rússia, uma nova lei que amplia de forma significativa as restrições à promoção do que chama de “propaganda gay”.
Qualquer tentativa de promover a homossexualidade em público pode incorrer numa multa pesada.
“Abri este museu para mostrar não só que existimos, mas para mostrar que as autoridades de hoje se transformaram numa ditadura totalitária, e estão a tentar impor uma nova ideologia, uma nova ideia ao público, de que o futuro da sociedade é o seu passado”, refere o fundador do museu, Pyotr Voskresensky.
Eu prego à comunidade LGBT e preocupa-me que
muitos sejam obrigados a ir para a clandestinidade.
Alexander Khmelov
Sacerdote e ativista LGBTQIA+
A ratificação da lei por Vladimir Putin ocorre numa altura em que o Kremlin exerce maior pressão sobre os grupos minoritários, opositores do regime, elimina grupos de comunicação social independentes e restringe ainda mais a liberdade de expressão no país. euronews