As autoridades palestinianas informaram que pelo menos 14 pessoas foram mortas e dezenas de outras ficaram feridas, na sequência de um ataque israelita contra uma escola gerida pela ONU, que estava sendo utilizada como abrigo para pessoas deslocadas.
Segundo as forças armadas israelitas, o edifício, situado no campo de refugiados de Shati, a oeste da cidade de Gaza, estava sendo utilizado pelo Hamas para planear e executar ataques contra Israel.
Without @UNRWA in #Gaza and the #WestBank, an entire generation will be denied the right to education.
It is our collective responsibility to act in defense of their future.
Full statement by @UNLazzarini to the UN General Assembly: https://t.co/Bc7sqNWFRU https://t.co/u3QmyvTibe
— UNRWA (@UNRWA) November 6, 2024
O exército israelita disse que tomou medidas para mitigar o risco de ferir civis, incluindo o uso de munições precisas e vigilância aérea.
Nos últimos meses, Israel efetuou dezenas de ataques aéreos contra escolas na Faixa de Gaza, estruturas onde centenas de milhares de palestinianos deslocados procuraram refúgio.
As Nações Unidas afirmaram, em setembro, que cerca de 85% das escolas de Gaza foram atingidas ou danificadas, sendo que muitas delas necessitam de grandes obras de reconstrução para voltarem a funcionar.
De acordo com a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, UNRWA, 70% das escolas que administra foram atingidas e 95% delas estão a ser utilizadas como abrigos.
Pouco depois do ataque a Shati, o exército israelita ordenou a evacuação do campo de refugiados e de outros bairros a oeste da cidade de Gaza, cultivando o pânico entre os palestinianos que, nos últimos dias, tinham procurado refúgio nessas zonas devido à nova ofensiva de Israel contra os militantes do Hamas, mais a norte.
Tensões crescem entre Israel e a UNRWA
Há muito que Israel acusa a UNRWA de fechar os olhos aos militantes do Hamas e de permitir que o grupo utilize as suas instalações para fins militares. A UNRWA nega, no entanto, estas acusações.
Em outubro, o parlamento israelita aprovou, inclusive, leis que proíbem as operações da UNRWA em Israel e nos territórios palestinianos.