Uma caravana de 21 ônibus liderada pela Cruz Vermelha Internacional deixou, esta segunda-feira, da cidade de Zaporizhzhia, na Ucrânia, rumo a Mariupol, onde cerca de 350 mil pessoas permanecem cercadas há semanas pelas tropas russas, sem acesso a água, nem a eletricidade.
O objetivo da caravana é regressar com todos os lugares preenchidos, mas o acesso à cidade está vedado.
Aos jornalistas, o presidente da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), Francesco Rocca, disse que “a situação em Mariupol é muito difícil. Não temos acesso em Mariupol. E quando falamos de acesso humanitário, não se trata apenas de evacuação, mas também de logística. Trata-se de trazer apoio, comida”.
Rússia diz estar prestando ajuda humanitária em Khakiv
Em Kharkiv, mais a norte, centenas de soldados e voluntários estão barricados prontos a travar eventuais incursões do exército russo.
Nas trincheiras e pontos de controle, o medo é uma constante com que os soldados ucranianos têm aprendido a viver.
“Primeiro, foi realmente assustador, foi ensurdecedor, abriguei-me na cave. Não consigo descrever os meus sentimentos em palavras, o medo pela minha família”, revela um dos oficiais.
Os ataques deste domingo à cidade mataram pelo menos cinco civis, entre os quais uma criança.
Sob permanentes bombardeamentos ao longo das últimas semanas, Kharkiv viu muitas das áreas residenciais da cidade destruídas e vive em precária situação humanitária. Em imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia soldados russos estão a distribuir bens de primeira necessidade a habitantes da região. Euronews