GUERRA: Invasão russa da Ucrânia está prejudicando a educação de cinco milhões de crianças

A invasão russa da Ucrânia há exatamente onze meses já prejudicou a educação de pelo menos cinco milhões de crianças ucranianas, alerta a UNICEF num relatório publicado em ocasião do Dia Internacional da Educação.

reprodução Euro News

A invasão russa da Ucrânia há exatamente onze meses já prejudicou a educação de pelo menos cinco milhões de crianças ucranianas, alerta a UNICEF num relatório publicado em ocasião do Dia Internacional da Educação.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância aproveita a data e a publicação deste relatório para apelar à ajuda para devolver a educação às crianças ucranianas, que já tinham sido afetadas por dois anos de pandemia e agora, desde 24 de fevereiro, também pelas bombas do Kremlin, que têm destruído muitos estabelecimentos de ensino.

A diretora regional da UNICEF para a Europa e Ásia Central diz que “não há um botão de pausa possível” na educação.

“Não é possível simplesmente adiar a educação dos filhos e retoma-la depois de resolvidas outras prioridades sem arriscar o futuro de toda uma geração”, afirmou Afshan Khan, numa declaração citada pelo organismo que representa.

A UNICEF diz estar trabalhando com o governo ucraniano “para ajudar as crianças a voltarem à educação, nas salas de aula quando for seguro ou através de alternativas online ou baseadas na comunidade, se a educação presencial não estiver disponível.”

“Ao mesmo tempo que mais de 1,9 milhões de crianças tiveram acesso a oportunidades de ensino pela Internet e 1,3 milhões de crianças foram matriculadas numa combinação de educação presencial e online, os recentes ataques [russos] às infraestruturas elétricas e outras fontes de energia causaram interrupções generalizadas e deixaram quase todas as crianças na Ucrânia sem acesso sustentável à eletricidade, o que significa que até mesmo frequentar salas de aula virtuais é um desafio contínuo”, lê-se no relatório hoje publicado.

Fora da Ucrânia, salienta a UNICEF, “a situação também é preocupante, com duas em cada três crianças refugiadas ucranianas sem estarem inscritas atualmente no sistemas educativo do país de acolhimento. EURO NEWS