Vladimir Putin está determinado a prosseguir com a ofensiva contra a Ucrânia.
Ao telefone com o homólogo francês, afirmou não estar disposto a fazer compromissos e repetiu as exigências da desmilitarização e de um estatuto neutro para a Ucrânia.
Segundo o Eliseu, Emmanuel Macron indicou ao presidente russo que ele está a cometer “um erro grave” e disse acreditar que “o pior ainda está para vir”.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, desdramatiza:
“Estou confiante de que esta histeria vai passar. Os nossos parceiros ocidentais vão ultrapassá-la, não há outra forma de colocar a questão. […] Todos entendem que uma Terceira Guerra Mundial só pode ser nuclear, mas quero que prestem atenção: é na cabeça dos políticos ocidentais que a ideia de uma guerra nuclear anda sempre à volta e não na dos russos.”
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse esta quinta-feira que quer negociar diretamente com Putin, afirmando que essa é “a única forma de parar a guerra”, e apelou também ao Ocidente para reforçar o apoio à Ucrânia.
Zelenskyy afirmou também que a Rússia deverá pagar pelo que fez:
“Vamos recuperar cada casa, cada rua, cada cidade e dizemos à Rússia que aprenda as palavras reparação e contribuição. Vocês vão reembolsar-nos por tudo o que fizeram contra o nosso Estado, contra cada ucraniano, por inteiro. E não esqueceremos todos os que morreram.”
A presidente da Comissão Europeia reafirmou o apoio a uma eventual adesão da Ucrânia à União Europeia.
Ursula von der Leyen disse ainda que o país será ligado “numa questão de semanas” à rede elétrica europeia, para diminuir a sua dependência da Rússia e frisou que as sanções vão continuar:
“As três vagas de sanções que introduzimos já estão a ter impacto na economia russa e nos esforços de guerra de Putin. E daremos passos adicionais se a situação se deteriorar no terreno.” euronews