Pelo menos 54 pessoas morreram depois de Israel ter lançado uma onda de ataques aéreos contra a cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, durante a noite, segundo o Hospital Nasser da cidade.
Na noite anterior, Israel atacou o norte e o sul de Gaza, matando pelo menos 70 pessoas, incluindo quase duas dezenas de crianças, de acordo com informação dos hospitais locais.
O exército israelita não comentou as ofensivas.
O ataque da última noite coincidiu com a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Catar, uma paragem inserida numa grande digressão pelo Médio Oriente destinada a discutir a segurança regional e as oportunidades econômicas.
Trump iniciou a sua viagem de vários dias na Arábia Saudita na segunda-feira e terminará nos Emirados Árabes Unidos na quinta-feira. A viagem não inclui Israel.
Muitos esperavam que a visita regional do líder norte-americano pudesse encorajar um acordo de cessar-fogo ou retomar a ajuda humanitária a Gaza. O bloqueio total israelita, que entrou no seu terceiro mês na semana passada, suscitou preocupações quanto a uma catástrofe humanitária crescente.
De acordo com um comunicado das Nações Unidas, “os planos israelitas violam os princípios humanitários fundamentais e agravam o sofrimento dos civis, que já sofrem de uma grave escassez de alimentos, água e cuidados médicos”.
Israel tem afirmado repetidamente que o bloqueio se destina a impedir que o Hamas lucre com a interceção do fluxo de ajuda que controla, numa tentativa de enfraquecer ainda mais o grupo militante.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu intensificar a ofensiva no início desta semana e avançar com a prometida escalada de forças.
Netanyahu afirmou que as forças israelitas estão a poucos dias de entrar em Gaza “com grande força para completar a missão (de) destruir o Hamas”, segundo um comunicado divulgado pelo seu gabinete na terça-feira.
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