O porta-voz das Forças de Defesa israelitas diz que estão a atacar o Hamas “em todo o lado” na Faixa de Gaza e acusa o movimento de utilizar a parte subterrânea do principal hospital de Gaza, e outros edifícios (entre eles escolas geridas pela ONU), para operações militares e “esconderijos para os terroristas”.
Jonathan Conricus frisava que está a ser violado o Direito Internacional ao pôr-se em perigo a vida de civis.
Operational Update with an IDF Spokesperson, @jconricus https://t.co/3rYeT2Nc2e
— Israel Defense Forces (@IDF) October 31, 2023
O primeiro-ministro israelita continua a rejeitar os apelos a um cessar-fogo.
Enquanto as tropas israelitas continuam a avançar com tanques e outros veículos blindados sobre a cidade de Gaza, território palestiniano, Benjamin Netanyahu afirmava que os “tempos são de guerra“:
“Os apelos a um cessar-fogo são apelos a que Israel se renda ao Hamas, se renda ao terrorismo, se renda à barbárie. Isso não vai acontecer. Senhoras e Senhores Deputados, a Bíblia diz que há um tempo para a paz e um tempo para a guerra. Este é um tempo de guerra”.
Benjamin Netanyahu
Primeiro-ministro de Israel
As organizações de ajuda internacional dão conta de que a crise humanitária em Gaza continua a agravar-se. Não há água, alimentos, medicamentos e combustível, suficientes.
O procurador principal do Tribunal Penal Internacional afirmava que impedir a chegada deste apoio aos civis pode constituir um crime de guerra. Karim Khan deixava um aviso claro a Israel: “devem ser envidados esforços visíveis, sem mais demoras, para garantir que os civis recebam alimentos essenciais, medicamentos, anestésicos, morfina”. Ouvimos relatos de cirurgias que se realizam sem medicamentos básicos, como se estivéssemos na Idade Média.
Procurador do Tribunal Penal Internacional
Karim Khan
Israel tem bombardeado Gaza desde os ataques do Hamas de 07 de outubro, que mataram 1.400 pessoas e fizeram pelo menos 239 reféns, alguns deles entretanto libertados.
O Hamas garante que mais de 8.000 pessoas foram mortas desde o início dos bombardeamentos de retaliação, por parte de Israel.
Benjamin Netanyahu, que enfrenta um descontentamento crescente pelo fracasso em evitar o pior ataque surpresa ao país em meio século, garante que não tem intenção de demitir-se. euro news