“É impossível matar a Ucrânia”: a frase é do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se deslocou esta segunda-feira à cidade de Kherson, retomada pelas forças de Kiev depois da retirada das tropas russas.
Zelenskyy assistiu ao hastear da bandeira ucraniana, afirmando que o seu país pagou “um preço elevado” para retomar Kherson, mas frisando que a libertação da cidade representa o “início do fim” da invasão russa e que as tropas ucranianas vão “passo a passo regressar a todos os territórios temporariamente ocupados”.
A Rússia ainda controla cerca de 70 por cento da região de Kherson.
Os habitantes da cidade celebram o regresso dos soldados ucranianos, mas lembram também os oito meses difíceis sob ocupação russa.
Uma residente relata: “Eles levaram tudo dos hotéis e das lojas. Levaram tudo o que viram. Nos restaurantes que ocuparam, levaram tudo, todo o equipamento.”
Outra explica: “Vejam o que eles fizeram. Pensavam que iam limitar-nos aqui e que as pessoas iriam celebrar os supostos ‘libertadores’. Mas não, foram odiados de todos os lados.”
Enquanto a Ucrânia celebra a reconquista de Kherson, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, avisa que “os próximos meses serão difíceis” para o país, sublinhando que “não se deve cometer o erro de subestimar a Rússia”.
Apesar das dificuldades no terreno, o Exército russo tem conduzido ataques maciços contra infraestruturas civis, nomeadamente as redes energéticas, que poderão traduzir-se num inverno particularmente complicado para os ucranianos. Euro News