O Hamas reivindicou um atentado em Jerusalém, em que três pessoas foram mortas e pelo menos seis outras ficaram feridas depois de dois homens terem aberto fogo numa paragem de autocarro, esta quinta-feira de manhã.
Em comunicado, o grupo islamita disse que os dois atacantes eram membros do braço armado e provinham de Sour Baher, um bairro de Jerusalém Oriental, a parte palestiniana da cidade ocupada e anexada por Israel. A polícia israelita confirmou que os atacantes, dois irmãos, foram mortos a tiro.
O Hamas disse que este ataque foi a resposta ao que chama os crimes sem precedentes na Faixa de Gaza e à morte de uma criança e um adolescente no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia. Os dois rapazes, de oito e 15 anos, foram a enterrar esta quinta-feira. Foram mortos a tiro, segundo o exército israelita, como resposta ao arremesso de explosivos.
O Hamas apela a uma “escalada de resistência” contra Israel. Um segundo ataque, com um carro-bomba, teve como alvo uma barragem das forças israelitas na Cisjordânia, segundo um comunicado do exército. “Os soldados presentes no local dispararam e neutralizaram o atacante”, acrescenta o comunicado, sublinhando que dois soldados israelitas, ligeiramente feridos, foram hospitalizados.
Blinken com Netanyahu e Abbas
Depois da reunião com o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu reafirmou a intenção de “eliminar” o Hamas.
Blinken chegou na quinta-feira à cidade de Ramallah, na Cisjordânia, para um encontro com o presidente palestiniano Mahmud Abbas. Blinken chegou numa coluna blindada à sede da Autoridade Palestiniana, que tem um controlo administrativo parcial na Cisjordânia, pouco depois de se ter reunido com Netanyahu em Jerusalém. Os Estados Unidos, através de Blinken, estão a tentar um prolongamento do cessar-fogo na Faixa de Gaza, entre Israel e o Hamas. euronews