HOJE NA WEB TV: Encontro de contas entre Sanepar e Prefeitura de Maringá determinará quem tem que indenizar quem

Sanepar tem até dia 16 de abril para apresentar relatório de investimentos feitos que ainda não foram ressarcidos pelo sistema.

HOJE NA WEB TV:  Encontro de contas entre Sanepar e Prefeitura de Maringá determinará quem tem que indenizar quem
                
                    Sanepar tem até dia 16 de abril para apresentar relatório de investimentos feitos que ainda não foram ressarcidos pelo sistema.

Vai ser o encontro de contas entre a Prefeitura de Maringá e a Sanepar que vai dar indicações sobre quem vai ter que indenizar quem ao final dos 30 dias que a administração de Ulisses deu de prazo para que a atual concessionária apresente os valores de investimentos em infraestrutura que ainda não foram amortizados. A Sanepar opera o sistema de água e esgoto da cidade desde 1980 e uma sentença do STF anulou um aditivo que prorrogou a validade um contrato sem licitação. O STF sentenciou que há necessidade de uma nova licitação e isso comporta um encontro de contas entre as partes.

Em 2018 o prefeito Ulisses Maia disse em entrevista a O FATO MARINGÁ “que estima-se que o lucro da SANEPAR no período posterior ao fim da concessão em 2010 poderia chegar a 800 milhões de reais. Esperamos que pelo menos metade deste valor retorne ao governo municipal”.  

AGORA NA TV WEB – O FATO MARINGÁ 

“Temos uma decisão judicial que ordena

a realização de uma nova licitação” –

disse Domingos Trevisan – chefe de Gabinete do prefeito

Ulisses Maia durante entrevista coletiva 

A BATALHA JUDICIAL

Para entender a batalha judicial que Prefeitura de Maringá e a Sanepar travam na Justiça é preciso voltar a 1996, ano em que cessou a concessão do serviço de água e esgoto operado pela Sanepar desde 1980 quando a municipalizada Codemar deixou de existir.

Naquela ocasião a administração municipal decidiu não realizar nova licitação, optando por aditivo ao contrato de concessão com duração de mais 30 anos e sem autorização do Legislativo. Em 2009, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública contra o contrato, e em 2010, a Justiça de Maringá considerou ilegal o aditivo. 

De lá para cá a Sanepar sofreu outras derrotas em níveis mais altos. A primeira em 2013 no TJPR que confirmou a nulidade do aditivo, e em 2018 quando o STJ lhe negou recurso. 

A última derrota, considerada definitiva pela prefeitura de Maringá veio em novembro do ano passado com uma sentença do STF estabelecendo que a renovação do contrato sem licitação e através de aditivo é nula e que uma nova licitação deve ser feita, ou que em alternativa a Prefeitura pode assumir os serviços de água e esgoto. 

Na quarta-feira, 16, à tarde, logo após o anúncio da prefeitura através de Nota Oficial que dava conta que Maringá já havia notificado a Sanepar sua decisão de retomar o serviço de água e esgoto em 15 de abril, a administração convocou a imprensa para uma entrevista coletiva que contaria com as presenças do chefe de gabinete de Ulisses, jornalista Domingos Trevizan e do procurador geral do município Douglas Galvão. 

A decisão ainda é passível de recurso, mas o procurador geral do município Douglas Galvão, acredita que a sentença não deve sofrer mudanças porque segundo ele, o que a Justiça está exigindo é que se faça licitação se o serviço não for à cargo da Prefeitura de Maringá. 

* Água de Maringá contém substâncias que podem gerar câncer e doenças crônicas. Prefeitura notifica Sanepar

* Prefeitura de Maringá vai assumir água e esgoto em 30 dias. Notificação foi enviada à Sanepar