Jesus apresentou no sermão da planície o seu programa aos doze apóstolos recém-escolhidos, aos discípulos e à multidão. Declarou bem-aventurados os empobrecidos, os famintos, os aflitos e os perseguidos. Afirmou ainda que são malditos os que se enriquecem às custas dos pobres; os que estão na fartura, sem partilhar com os necessitados; os que vivem rindo, sem enxugar as lágrimas dos afligidos e os que acreditam nos elogios dos aduladores (Lc, 6, 20-26). Dirige-se então, à toda aquela multidão e também a nós, apresentando as exigências para os querem caminhar com ele. Isto vale para aquele tempo e também para nós nos dias de hoje, por mais desafiador que possa parecer. “A vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei bem aos que vos odeiam” (Lc 6, 27). A ordem de Jesus causa até hoje espanto e incredulidade. Muitos acham que é duro demais o que ele pede e que não capazes de segui-lo nesse caminho, tanto mais que ele prossegue: “bendizei os que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que nos caluniam” (6, 28). Diante da nossa perplexidade e desorientação, Jesus indica um caminho: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles” (6, 31). Ele dá três exemplos concretos, para nos desafiar e provocar nossa tomada de consciência: “Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?” (6, 32). “E se fazeis o bem, somente àqueles que vos fazem o bem, que recompensa tereis?” (6, 33). “E se emprestais somente àqueles de quem esperais receber, que recompensa tereis?” (6, 34). E a cada vez ele ilustra dizendo: “os pecadores também fazem Isto”. E ele arremata mostrando quão diferente deve ser a atitude dos seus seguidores: “Ao contrário amai vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar coisa alguma em troca” (6, 35). Mostra, então, que esta renúncia à violência, à revanche e à vingança, brota da atitude do próprio Deus: “Então a vossa recompensa será grande, e sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e maus” (6, 35). E conclui, pedindo-nos: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgues e não sereis julgados, não condeneis e não sereis condenados, perdoai e sereis perdoados” (6, 36-37). Temos que orar muito para ter esses sentimentos dentro de nós e nos ajudar mutuamente, para seguir sem desanimar o caminho que Jesus nos aponta e que ele mesmo trilhou, dando-nos o exemplo e a própria vida.
HOMILIA: “A vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei bem aos que vos odeiam”.
7º Domingo do Tempo Comum - Com Padre José Oscar Beozzo
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Por O Fato Redação
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