O cenário para este 5º. Domingo do Tempo comum muda completamente. Saímos da sinagoga de Nazaré (Lc 4, 14-30) para a beira do lago da Galileia (Lc 5, 1-11). Na sinagoga, os conterrâneos de Jesus pedem que faça ali os mesmos milagres, que ouviram dizer, realizara em Cafarnaum e terminam arrastando-o para fora da sinagoga, para mata-lo. A multidão que se aglomerou em torno de Jesus, à beira do lago, quer ouvir a “Palavra de Deus” (Lc 5 1). Eram tantos que Jesus pede aos pescadores, que estavam voltando da pesca noturna e lavando suas redes, para que cedessem uma das barcas. Ele sobe no barco que era de Simão Pedro e do seu irmão André e pede para afastarem-se um pouco da margem. Sentando-se na barca, Jesus seguiu ensinando a multidão. Depois, diz a Simão que leve o barco para águas mais profundas e lance sua rede. Ele protesta dizendo que já havia tentado a noite toda, sem pegar nada, mas que, por causa do seu pedido ia lançar de novo a rede (5, 3-5). Pegou tanto peixe que a rede ameaçava romper-se e o barco afundar. Pede socorro à outra barca que era também de dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu: “Eles vieram e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem” (5, 6-7). “Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus dizendo: ‘Afasta-te de mim, porque sou um pecador’. É que o espanto se apoderara de Simão e dos seus companheiros por causa da pesca que acabavam de fazer… Jesus, porém, disse a Simão: ‘Não tenhas medo! De hoje em diante, tu serás pescador de homens’” (5, 8-10). Lucas anota que a Pedro se declara pecador, como cada um nós deveria também fazê-lo, com humildade, e que Jesus em vez de despedi-lo, acolhe-o, diz que “não tenha medo”, como faz conosco e confia-lhe de imediato uma missão, a de converter-se em pescador de homens. Narra ainda o desfecho daquele acontecimento extraordinário: “Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus” (5, 11). Desse modo, nesse capítulo 5, Lucas conta como Jesus vai atrás dos seus primeiros discípulos: pescadores da beira do lago, como Pedro e André, Tiago e João, um coletor chamado Levi, diante da mesa de cobrador de impostos (5, 27-32), que ficará conhecido como Mateus, antigos seguidores do João Batista, como Felipe, gente do povo, em sua maioria, pouco letrada. Jesus não chama sacerdotes, escribas ou doutores da lei. Os que chama não são profissionais do religioso, mas pessoas calejadas no trabalho e nas lides da vida, homens e mulheres, que pedem candidamente a Jesus: “Ensina-nos a rezar, como João [Batista] fez com seus discípulos” (Lc, 11, 1b). Estes primeiros discípulos, doze deles escolhidos para serem “apóstolos” (Lc 6, 12-16), são muito semelhantes às pessoas que hoje sentem o mesmo chamado, largam tudo para se tornarem seguidoras de Jesus e passam a ser as animadoras e animadores de nossas comunidades.
HOMILIA: Jesus, porém, disse a Simão: Não tenhas medo! De hoje em diante, tu serás pescador de homens
Com Padre José Oscar Beozzo - 5º Domingo do Tempo Comum
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