Jesus prossegue a conversa que vinha fazendo com os seus discípulos e conta uma brevíssima parábola sob a forma de pergunta: “Pode um cego guiar um outro cego? Não cairão os dois num buraco?” (Lc 6, 39-45). O tema da cegueira é recorrente na pregação e na prática de Jesus. Ele cura Bartimeu, o mendigo cego de Jericó (Mc 10, 46); cura o cego de Betsaída (Mc 8, 22-26); cura o cego de nascença, no evangelho de João (Jo 9, 1-41). Fica chocado com a cegueira daqueles que se recusam a ver a realidade: “O pior cego é aquele que não quer ver” ou daqueles que buscam outro cego para se deixarem guiar. Vão cair num buraco. Por outro lado, a Palavra de Deus é apontada como luz para o caminho: “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor, e luz para o meu caminho”. (Sl 119, 105). Jesus apresenta-se ainda como luz: “Enquanto estou no mundo, Eu sou a luz do mundo” (Jo 9, 5). E diante dos fariseus ele afirma: “Vim a este mundo para instaurar um processo, para que os cegos vejam e os que vêm, fiquem cegos” (Jo 9, 39). Lança mão de outra comparação, a do cisco e a da trave. Segue interpelando cada um de nós e também a prática corrente em nossas comunidades infestadas hoje por discursos de ódio e lacrações de outras pessoas e grupos em algumas redes, que foram se tornando antissociais: “Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho”? (6, 41). Somos rápidos para enxergar e criticar o menor defeito em nossos irmãos e irmãs e lentos para admitir nossos próprios erros e enxergar a trave que embaça nossa visão e encobre nossas próprias falhas. Jesus não hesita em chamar-nos de “hipócritas”: “Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu não vês a trave no teu próprio olho?’” (6, 42). Faz ainda uma comparação tirada das lides do campo: “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos” (6, 43-44). E faz um convite, muito apropriado para o nosso início do tempo quaresmal, o de tirar o que há de melhor de dentro de nós mesmos, em relação à comunidade, à sociedade, a nós mesmos e à nossa família: “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio” (6, 45).
HOMILIA: “Por que vês o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho?”
8º Domingo do Tempo Comum - Com Padre José Oscar Beozzo
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