Quarenta dias depois do início da invasão russa, multiplicam-se as reações de horror e ira face às imagens de corpos abandonados nas ruas de localidades dos arredores da capital ucraniana, depois da retirada das forças do Kremlin.
Alguns de mãos atadas, com tiros na nuca: a procuradoria geral ucraniana contabiliza pelo menos 410 cadáveres de civis recuperados dos subúrbios de Kiev.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, fala em “genocídio” e aponta a responsabilidade à liderança russa:
“Quero que todos os líderes da Federação Russa vejam como as suas ordens são cumpridas. Este tipo de ordens e este tipo de cumprimento. Há uma responsabilidade comum, por esta matança, por esta tortura, por braços arrancados por explosões, pelos corpos nas ruas e pelos tiros nas nucas.”
O secretário-geral da ONU, António Guterres, reagiu nas redes sociais, exprimindo um “profundo choque com as imagens de civis mortos em Bucha” e exigindo uma “investigação independente que conduza a uma responsabilização efetiva”.
As condenações sucedem-se por parte dos líderes ocidentais e a Alemanha sugeriu mesmo um bloqueio total das exportações de gás russo.
O Ministério da Defesa da Rússia rejeitou as denúncias de “atrocidades” supostamente cometidas pelas suas tropas em Bucha e noutros subúrbios de Kiev.