Hospital do Trabalhador comemora 74 anos com a primeira vacinação contra a Covid-19 no Paraná

Unidade é referência em atendimento do coronavírus em Curitiba. Complexo Hospitalar do Trabalhador engloba o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal, o Centro de Reabilitação do Paraná, o Centro Regional de Especialidades e o Hospital Oswaldo Cruz.

Hospital do Trabalhador comemora 74 anos com a primeira vacinação contra a Covid-19 no Paraná
                
                    Unidade é referência em atendimento do coronavírus em Curitiba. Complexo Hospitalar do Trabalhador engloba o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal, o Centro de Reabilitação do Paraná, o Centro Regional de Especialidades e o Hospital Oswaldo Cruz.

O Hospital do Trabalhador completou 74 anos nesta segunda-feira (18) e recebeu como homenagem a primeira vacinação contra a Covid-19 do Paraná. A unidade é a principal referência em saúde pública e atendimento do coronavírus em Curitiba. São 74 leitos de UTI e 45 de enfermaria no Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT), que engloba, também, o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (Caif), o Centro de Reabilitação do Paraná – Ana Carolina Moura Xavier (CHR), o Centro Regional de Especialidades (CRE Kennedy) e o Oswaldo Cruz.

O Hospital do Trabalhador realizou 1,3 milhão de atendimentos desde 2004, sendo 74 mil apenas em 2020, no auge da pandemia. Mesmo com a rotina da Covid, a unidade fez 56 mil atendimentos no Pronto Socorro. O CHT tem histórico de auxílio à pesquisa, tratamento ambulatorial, maternidade e internamentos em Curitiba e Região Metropolitana.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou o simbolismo do local, exemplo de atendimento especializado e de referência contra a Covid-19. “É um dia histórico. Não vencemos a pandemia ainda. E começamos a vacinar aqueles que mais trabalharam e que deram as suas vidas para salvar vidas, que estão atuando ininterruptamente há dez meses nas unidades médicas”, afirmou. “É um orgulho para nós começar a vacinação no Hospital do Trabalhador”.

O diretor-superintendente do complexo médico do HT, Geci Larsen de Souza Jr, enfatizou a importância do momento para a comunidade paranaense. “A vacina é a primeira ferramenta que efetivamente pode mudar o destino de uma doença tão terrível. A Covid é grave, de evolução imprevisível. Somos a maior unidade de atendimento no Estado, com praticamente 150 leitos disponíveis para os casos mais graves”, disse.

Segundo Geci de Souza, esse gesto é um reconhecimento aos esforços das equipes do local. “A chegada da vacina acontece num dia muito especial para o nosso hospital, que está fazendo 74 anos. É um presente para a comunidade do hospital o recebimento das primeiras doses de vacina do Paraná por parte da nossa equipe”, acrescentou.

De acordo com Maria Goretti Lopes, diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde, o Paraná se preparou há muitos meses para esse momento, com aquisição de insumos, preparação das equipes e unificação da rede junto aos municípios. “Estamos felizes, orgulhosos das nossas equipes e em breve vacinaremos todos os adultos maiores de 18 anos”, afirmou. “O Hospital do Trabalhador é uma instituição que mostra a organização do serviço de saúde no Paraná. Há um envolvimento de todos os profissionais, é um centro de excelência no tratamento de Covid no Paraná”.

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HISTÓRICO 

O Hospital do Trabalhador foi inaugurado em 18 de janeiro de 1947 como Sanatório Médico Cirúrgico do Portão, destinado ao atendimento hospitalar de pacientes acometidos pela tuberculose e doenças pulmonares, depois de ter sido idealizado para sediar uma escola agrícola. No final da década de 50 houve uma ampliação das instalações para acolher cirurgias cardiovasculares e doenças toráxicas.

Nos anos 80, a baixa da gravidade da tuberculose levou a Secretaria de Estado da Saúde a repensar a destinação da unidade e propor a transformação em hospital geral para tratamento adulto e pediátrico de doenças clínicas e pulmonares, além de cirurgias. A instituição passou a ser denominada Hospital Geral do Portão.

Nos anos 90 houve a conclusão da ampliação, preparando a estrutura para atendimento de emergência. Dessa forma, foi possível instalar o serviço de pronto socorro de trauma, infectologia, saúde do trabalhador e materno infantil. Em 1992 o complexo já contava com 90 leitos de enfermaria e 10 de terapia intensiva. Em 1995 foi implantado o serviço de maternidade e o Centro Obstétrico e da Unidade de Cuidados de Recém-Nascidos (UCIN). Em 1997 a instituição recebeu o nome fantasia de Hospital do Trabalhador.

O ano de 1999 marcou o início da utilização do primeiro tomógrafo helicoidal de alta resolução, adquirido no final de 1998, equipamento imprescindível para atendimento aos traumas graves. No mesmo ano foi implementado o Centro de Estudos, Pesquisa e Desenvolvimento Humano (CEPDH), para incentivo e controle de ações relacionadas à formação profissional e acolhimento de estágios de diversos cursos, viabilizando o acesso aos ambientes de trabalho e contribuindo para formação prática e teórica de recursos humanos para área hospitalar.

Em 2005 tem início o processo de informatização com a implantação do sistema Hospub, desenvolvido pelo Ministério da Saúde/Datasus, para gestão hospitalar. Em 2007 houve a inauguração do Hospital Dia, com ampliação de 15 leitos, e do Centro Cirúrgico Eletivo, com 3 salas. Em 2010 foi inaugurado o heliponto elevado, acompanhado com o novo alojamento das equipes de plantão, equipamentos do parque radiológico, tomógrafo e raio-x telecomandado.

Em 2018 foi inaugurado o Centro de Excelência em Atenção à Mulher – Fani Lerner, o Anexo da Mulher. Além de maternidade, o prédio abriga os serviços de ginecologia e obstetrícia, terapia intensiva pediátrica e neonatal, terapia intensiva adulta feminina, enfermarias, leitos de internação e o inédito serviço de reprodução assistida via SUS. É considerada a maior ampliação do Hospital do Trabalhador desde a inauguração do Sanatório.

Em 2019 foi assinada a licitação para as obras do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), antigo e inativo Centro Regional de Especialidades (CRE Kennedy). O novo espaço substituirá os serviços do atual ambulatório do HT e ampliará a capacidade de atendimento de 8 mil para 25 mil consultas por mês. O Governo do Estado também investiu R$ 9,5 milhões em equipamentos de alto custo para atendimentos neurológicos no Hospital de Reabilitação.

Fonte: AEN/PR